sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O Centro Histórico de Canavieiras

Sítio Histório de Canavieiras - Foto de Regis Silbar


Canavieiras é uma cidade antiga, com um dos mais bonitos e mais bem conservados sítios históricos da região sul da Bahia, talvez, mais importante ainda, do que o de Ilhéus, que já foi belo, mas hoje está totalmente desfigurado pelo descaso que sofreu, motivado pela ausência de bons administradores municipais.

Contudo, a preservação dos prédios do Centro Histórico de Canavieiras não se deveu à boa administração, mas sim ao isolamento da cidade, durante um bom período, com o resto do Brasil, que a fez ficar parada no tempo e conservar toda a sua bela arquitetura do período clássico do cacau.

Todos os idealizadores, financiadores e construtores dos prédios do Sítio Histórico de Canavieiras, bem como os planejadores das suas belas ruas e praças já não estão mais entre nós, todos já foram para um outro plano, no entanto, a denominação Sítio Histórico foi dada em homenagem a um político bem vivinho, que ainda respira o ar de nossa atmosfera que, em Canavieiras, ainda é sem poluição.

Mas esta homenagem é um acinte às nossas leis, à moralidade e aos bons costumes, já que fere a Constituição do Estado da Bahia, no seu art. 21, seção III e também a Lei Federal 6.454, de 24-10-1997, em seu artigo 1º. Ambas vedam o uso do nome de pessoas vivas para a denominação de ruas, praças, mobiliários e logradouros públicos de qualquer natureza.


Sítio Histórico de Canavieiras - Foto de Regis Silbar


Não queremos que o político, que teve o seu nome dado ao Sítio Histórico, morra para que a lei seja cumprida, porque não desejamos que a aplicação da lei seja feita às custas da vida de alguém. Assim, a única alternativa que resta, é o cumprimento da lei, mudando, oficialmente, o nome do Sítio Histórico, para Sítio Histórico de Canavieiras ou Sítio Histórico do Porto Grande ou outro nome qualquer que não esteja em desacordo com as nossas leis. É bom que se evite o nome de pessoas, já que o Sítio Histórico é um só e muitas pessoas mereceriam a honra.

Todos nós sabemos que é contra a lei e a boa ética, a nomeação de bens públicos com o nome de pessoas vivas, e que, além de ser contra a ética, é falta de compostura a nomeação de bens públicos com o nome de políticos, principalmente quando eles ainda estão bem vivos e aptos para concorrer a novas eleições.

O prefeito deveria tomar a iniciativa para que a lei fosse cumprida, sem esperar que haja uma determinação superior para o seu cumprimento, porque prefeito que não cumpre a lei é prefeito apático e sem iniciativa, principalmente quando a lei a ser cumprida é a lei maior do estado, a sua Constituição.

Um bom motivo para que o nome dado ao Sítio Histórico de Canavieiras continue sem mudança é a ingenuidade ou talvez a o despreparo dos administradores municipais para conduzir as coisas públicas, pois o povo sabe que, se eles fizeram alguma coisa é porque alguma coisa teria que ser feita e foi feita com o dinheiro público, recolhido através de impostos. Ninguém deve receber homenagens pelo simples fato de ter cumprido as suas obrigações.

Em casos semelhantes, o Ministério Público da própria cidade, ou na sua falta, a entidade que o possa representar, toma a iniciativa para o cumprimento da lei, solicitando, em juízo, que as autoridades infratores sejam notificadas. Mas isto tudo pode ser evitado com uma simples portaria do prefeito.


Sítio Histórico de Canavieiras - Foto de Regis Silbar




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Duas Belas Árvores no Caminho para o Povoado de Atalaia, em Canavieiras

Caesalpinia Pulcherrima  na Estrada para o 
Povoado de Atalaia em Canavieiras  -  Foto 
de Regis Silbar


Há algumas centenas de metros do início da estradinha de barro que leva ao povoado de Atalaia, há dois belos arbustos com flores predominantemente vermelhas e com algumas bordas amarelas. Tanto os arbustos como as flores são dignos de admiração, pois além de serem muito bonitos, fazem também parte da flora medicinal, servindo as suas sementes para curar tosse, dificuldade respiratória e dor torácica. O suco das folhas serve para curar a febre e o suco das flores serve para sarar as feridas.

O seu nome científico é "Caesalpinia Pulcherrima", mas também é conhecida popularmente como Flor-do-Pavão, Pássaro-Vermelho-do-Paraíso, Orgulho de Barbados, Flamboyan-de-Jardim, Flamboyanzinho e Flamboyan-Mirim. 

Ela é nativa da América Central mas está disseminada em diversas regiões devido à sua beleza. Ela pode medir entre três e quatro metros de altura, tem a copa arredondada e a sua floração é entre os meses de setembro e abril . O seu fruto é do tipo legume e a época da frutificação é entre os meses de maio e junho.

Ela é muito usada para arborização urbana, pois além do seu tamanho e beleza a sua raiz é do tipo pivotante, não danificando, portanto, o calçamento das ruas.

A prefeitura de Canavieiras, sábia como ela é, deveria recolher as vargens daquelas duas árvores, fazer mudas e plantar pelas ruas da cidade. Garanto que Canavieiras ficaria muito mais bonita. A ideia é válida e deve ser posta em prática.

Caesalpinia Pulcherrima na Estrada para o 
Povoado de Atalaia em Canavieiras - Foto
 de Regis Silbar




segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os Canteiros Centrais das Ruas de Canavieiras

Birosca em Canteiro Central de Rua de Canavieiras
- Foto de Regis Silbar


A cidade é muito bonita, tudo nela nos remete ao passado, um passado cheio de fausto e riqueza, tudo devido ao  dinheiro farto do tempo áureo do cacau. Hoje, a cidade, por falta de uma administração bem intencionada, está se vandalizando, destruindo a sua própria paisagem, sem que ninguém impeça tal destruição.

Prefeito, vereadores, Ministério Público, todos que deveriam, de alguma forma, tentar impedir que a cidade se transforme em uma bagunça, nada fazem. Os eleitos prometem tudo antes de se elegerem, depois de eleitos, nada fazem pela cidade. Os que não são eleitos, mas que também deveriam zelar pela cidade, por comodidade, também, nada fazem. É um círculo vicioso, nada fazem por incompetência ou comodidade e quem sofre são os habitantes da cidade.


Birosca em Canteiro Central de Rua de Canavieiras
 - Foto de Regis Silbar


Um dos casos mais aberrantes da falta de poder público é a proliferação de biroscas nos canteiros centrais das ruas da cidade. Essas biroscas afrontam a sociedade, impedem a visão dos motoristas nas esquinas mais movimentadas e podem ocasionar, pela falta da visibilidade, graves acidentes e atropelamentos de pedestres. 

É inconcebível que a administração da cidade, porventura alegue, que nunca viu tais biroscas, pois elas são  grandes e ficam muito bem localizadas. Se não as viu, deveria vê-las, pois é para isto que são eleitos e ganham polpudos salários. Se as viu e nada fez, caberia, então, ao Ministério Público tomar a iniciativa para que fosse feito.       


Birosca em Centeiro Central de Rua de Canavieiras
 - Foto de Regis Silbar