quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Vendedor de Caju nas Ruas de Canavieiras






Vendedor de Caju - Foto Garimpada na Internet


Cajueiro, cajueiro, gritava ele ao passar pelas portas abertas e entreabertas das residências da antiga Canavieiras, no século passado, para anunciar as suas deliciosas frutas colhidas em cajueiros nativos próximos às praias da Ilha de Atalaia.

Era assim que era anunciado o caju pelas ruas da cidade de Canavieiras, através da figura simpática do Vendedor de Caju, que era aguardado ansiosamente por todos que apreciavam o paladar delicioso que aquela fruta oferece.


Cajueiro - Anacardium Occidentale - Muito
 Difundido nas Ilhas que Formam a Cidade
 de Canavieiras - Foto Garimpada na Internet


Conhecido cientificamente pelo nome botânico de Anacardium Occidentale, o cajueiro é originário do Norte e Nordeste do Brasil, portanto, ele também é nativo de nossa região, onde ele se desenvolve plenamente, dando frutos de tamanho acentuado e castanhas de ótima qualidade.

O vendedor transportava os frutos do cajueiro, amarrados individualmente por uma fibra vegetal, que geralmente era de alguma palmeira, que eram agrupadas em uma roda de muitas unidades, que era denominada corda, estas cordas eram acondicionadas em uma vara que era apoiada no ombro, com cordas de caju de um lado e do outro, servindo de contrapeso para o transporte.


Partes do Cajueiro - Foto Garimpada na Internet
 



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Casario do Histórico Cais do Porto de Canavieiras





Casario do Cais do Porto de Canavieiras - Foto 
de Regis Silbar

O casario do Cais do Porto de Canavieiras é um dos conjuntos arquitetônicos mais belos e representativos do final do Século XIX e início do Século XX de todo o Estado da Bahia. Ele é completo, todo o casario é daquela época, não tento, portanto, outra arquitetura senão a original, pois não houve demolições.

Este conjunto arquitetônico, de tão original e sem alterações desde o início do Século XX, faz parte das Sete Maravilhas de Canavieiras e é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade, tanto por sua beleza, quanto também pelo seu valor histórico.  


Casario do Cais do Porto de Canavieiras - Foto
 de Regis Silbar


Neste belo recanto da cidade, os prédios históricos estão repletos de bares e restaurantes onde os turistas e moradores passam o tempo admirando a bela paisagem do Rio Pardo, o rio que deu vida à cidade e que recebia os navios que transportavam as riquezas da cidade.

Este trecho do centro foi tão importante no passado de Canavieiras que até a Intendência Municipal, nome dado à antiga prefeitura, estava localizada na orla do Rio Pardo, um dos lugares mais movimentados e elegantes da cidade. 



Casario do Cais do Porto de Canavieiras - Foto
 de Regis Silbar


Até meados da segunda metade do século passado essa região do Centro Histórico de Canavieiras era a alma da cidade, recebendo muitos navios mercantes e também navios de passageiros, que aportavam nos ancoradouros que existiam no Rio Pardo.

Entre estes navios podemos destacar o Canavieiras, o Dois de Julho e o Camacan, que frequentavam constantemente o Porto Grande, nome com que era designado o Porto de Canavieiras, que era um dos mais movimentados do Estado da Bahia.


Casario do Cais do Porto de Canavieiras - Foto
 de Regis Silbar


Este belo e histórico conjunto arquitetônico já esteve quase em ruínas mas, no final do século passado ele foi recuperado, voltando a ter o esplendor de seus tempos áureos e se firmou como o mais completo e harmonioso conjunto arquitetônico da Bahia, com todos os seus prédios originais.

Atualmente o Conjunto de Casarios Históricos do Cais do Porto de Canavieiras tem a nobre função de receber e maravilhar os turistas que visitam a cidade e serve de cenário para as fotos que irão preencher as nossa lembranças. Visite Canavieiras, a Princesinha do Sul.  


Casario do Cais do Porto de Canavieiras - Foto
 de Regis Silbar



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Campo de Aviação - O Aeroporto de Canavieiras




O Campo de Aviação - Em Algum Momento 
da  Prirmeira  Metade  do  Século  XX - Veja 
Avião de Carreira na Esquerda do Ponto Central
 - 
Foto de Arquivo do IBGE


Canavieiras já teve, durante um grande período do século XX, um dos aeroportos mais movimentados do Estado da Bahia e que era chamado, carinhosamente, pelos canavieirenses, de Campo de Aviação.

Antigamente, quando começava o aeroporto acabava a cidade, mas hoje não é bem assim, pois o aeroporto está praticamente dentro do centro urbano mas, infelizmente, o aeroporto não tem mais serventia nenhuma, pois nenhuma companhia de aviação o usa em suas rotas comerciais.

Em seus tempos áureos, quando a cidade ainda não tinha ligação terrestre com o resto do país, as grandes companhias aéreas de então, tais como: Cruzeiro do Sul, Panair do Brasil, Varig e Real, usavam o Aeroporto de Canavieiras em suas escalas comerciais.

As suas instalações eram muito simples, se resumindo a três principais construções, sendo uma para os passageiros aguardarem a hora do embarque nas aeronaves e era provida de alguns bancos de madeira, outra construção era um pequeno bar que vendia refrigerantes e guloseimas para passageiros e pessoas que aguardavam o embarque ou desembarque de parentes ou amigos e a outra construção era, aparentemente, da administração do aeroporto e também para uso das companhias aéreas.

Naqueles anos de ouro de Canavieiras, os aviões que decolavam do aeroporto, ligavam a cidade com os grandes centros do país, inclusive Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. Eram viagens cansativas e demoradas, com os aviões fazendo muitas escalas em diversos aeroportos até o final da rota prevista.

Em meados do século passado os aviões eram muito importantes para a cidade pois, até para se deslocarem à Belmonte, cidade a poucos quilômetros de Canavieiras, o meio mais econômico e viável era o avião e, neste caso, o avião nem chegava a ganhar altitude pois, quando decolava já se preparava para aterrissar. A viagem não durava mais do que alguns poucos minutos.          

Aeroporto  de  Canavieiras em 1950, também chamado de Campo de Aviação ou Campo de Pouso - Veja Inscrição na parte baixa do muro - com sua simples instalações
.




segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Canavieiras - O Navio que Inaugurou o Porto de Salvador




O Navio Canavieiras Atracado no Porto de 
Salvador em 17-07-1911 - Foto  Garimpada 
na Internet


O navio da Companhia Bahiana de Navegação, que levava o nome de nossa cidade, Canavieiras, protagonizou em 17 de julho de 1911, em meio a uma grande festividade, o primeiro atracamento no Porto de Salvador, ainda em construção, que só seria inaugurado oficialmente em em 13 de maio de 1913.

Este navio, desativado em 1962, frequentava periodicamente o Porto Grande, no Rio Pardo, em Canavieiras, onde desempenhava a sua nobre função, transportando passageiros e cargas, especialmente os grãos de cacau, a antiga grande riqueza da cidade.

Pela grande multidão presente no Cais do Porto de Salvador, que estava sendo construído conforme projeto da Companhia Cessionária das Docas do Porto da Bahia, o fato teve uma grande importância para a cidade de Salvador.

O navio Canavieiras, depois de desativado foi vendido, juntamente com o navio Ilhéus, como sucata, pondo fim a uma era em que os navios mercantes cruzavam o litoral do Brasil, movimentando tanto os pequenos como os grandes portos.


sábado, 10 de agosto de 2013

A Praça da Bandeira em Canavieiras: A Origem do Nome




Praça da Bandeira com o Mastro, no Meio da 
Praça, Onde a Bandeira era Hasteada em Dias
 Festivos - Foto Garimpada na Internet


A Praça da Bandeira, no Centro Histórico de Canavieiras, é um dos poucos logradouros da cidade onde o nome original, de origem popular, ainda permanece e é reconhecido oficialmente pela prefeitura, caso raro em nossa cidade, pois quase todos os nomes originais dos logradoduros foram substituídos por nomes de políticos que não beneficiaram a cidade, mas se beneficiaram com o cargo, fato este que entristece e envergonha uma grande parte dos canavieirenses.

A Praça da Bandeira, que resistiu heroicamente através dos tempos, deve o seu nome ao grande mastro fincado bem no seu centro, durante a primeira metade do Século XX, e onde, em dias festivos, era hasteada, solenemente, a Bandeira Nacional.

A foto acima data do Natal do ano de 1936 e a grande fila, formada aparentemente apenas por mulheres e crianças, era para o recebimento de presentes natalinos,  oferecidos pela prefeitura à população de baixa renda, os quais, possivelmente, deveriam ser superfaturados.