sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Boate Irajá - Como Funcionava a Prostituição em Canavieiras

Prédio onde funcionava a antiga Boate Irajá na Rua
 da Jaqueira em Canavieiras - Foto de Regis Silbar



A prostituição em Canavieiras já teve os seus dias de glória, onde era exercida com toda pompa e elegância que a nobre profissão merecia em meados do século passado.

Os cavalheiros que frequentavam a distinta Boate Irajá, na Rua da Jaqueira, a rua onde estava concentrada as casas em que as nobres damas exerciam a sua profissão, só eram aceitos em seus ambientes se estivessem vestidos de terno e gravata e usando sapatos social.

As senhoras que trabalhavam no local eram hábeis em suas atividades e aguardavam os seus clientes trajando vestidos longos e calçadas em sapatos de salto alto. Usavam joias, a maioria delas, doadas pelos clientes mais abastados como forma de agradecimento e satisfação pelos serviços prestados.

O ambiente da Boate Irajá era sempre festivo, com muitas bebidas estrangeiras, distribuídas pela dona do bordel para os cavalheiros mais distintos. Não faltavam regalias para os coronéis que frequentavam os seus salões.

Durante a década de setenta, com a liberalização sexual, a boate entrou em decadência e, finalmente, logo depois, encerrou as suas atividades, deixando desempregadas as suas dedicadas funcionárias que, certamente, continuaram a exercer a sua profissão por conta própria.

Canavieiras, na época em que a Boate Irajá funcionava a todo o vapor, usufruía do dinheiro fácil das suas imensas plantações de cacau que iam até quase à fronteira com as Minas Gerais.

A licenciosidade da Rua da Jaqueira era famosa em Canavieiras e, por isso, as senhoras de respeito da sociedade não circulavam por suas calçadas, apenas alguns de seus maridos circulavam.

Hoje em dia o prédio em estilo "art déco" onde funcionava a boate está em ruínas, não parecendo em nada com a aparência que tinha no passado, quando recebia os senhores mais distintos da sociedade de Canavieiras.          


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