sábado, 21 de outubro de 2017

Como Era a Locomoção em Canavieiras em 1938

Caravana no Interior de Canavieiras no Ano de 1938


Quase não existia veículos em Canavieiras no ano de 1938 e, para se deslocar pelo interior do município, em lugares que não eram servidos pelo Rio Pardo e seus afluentes, onde podiam ser usadas embarcações de médio ou pequeno porte, a única alternativa era através de montarias.

O animal mais usado para o transporte de pessoas e mercadorias pelos povoados e fazendas do interior não era o cavalo, mas sim o jumento, animal de porte pequeno mas com um vigor físico muito grande.

Uma fato interessante era que as pessoas se locomoviam montadas em jumentos paramentadas com roupa social e às vezes usavam até paletó e gravata. Eram outros tempos e outra civilização. 

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O Porto Grande do Rio Pardo em Canavieiras nas Primeiras Décadas do Século XX

Barco Atracado no Porto Grande do Rio Pardo -
Canavieiras-BA - Meados da Primeira Metade do
 Século XX 


O Porto Grande, no Rio Pardo, que é o rio que banha Canavieiras e a ajuda a transformá-la em uma ilha, já teve, no passado, os seus de glória, quando era o único meio de acessar a cidade, seja por barcos ou por aviões.

Quando ainda não havia o aeroporto em Canavieiras, era no Rio Pardo que os hidro-aviões amerrissavam. O local da amerrissagem era bem próximo à atual Ponte do Lloyd, dando ainda mais movimento àquele local, que já era a parte mais movimentada da cidade.

Muito antes dos grandes navios aportarem no Porto Grande, em Canavieiras, o porto já recebia grandes barcaças, que iam receber, em seus porões, as safras de cacau que depois seguiriam para os grandes centros consumidores internacionais.

No início do século Canavieiras tinha cerca de cinco mil habitantes, em meados da primeira metade do século, um pouco mais. Mas, mesmo assim, a cidade era muito movimentada, pois era um centro regional, onde toda a redondeza se dirigia para os seus afazeres mais triviais, já que não tinha outro lugar à altura, a não ser Ilhéus, mas Ilhéus era muito longe e não havia como se chegar até lá, a não ser de avião ou por via marítima, o que dificultava muito.

Era p'ra o Cais do Porto que as pessoas se dirigiam, logicamente a pé, para verem e serem vistos e fazer as suas compras nos armazéns de secos e molhados que eram abundantes nas suas imediações. Eram nestes armazéns que as pessoas, que chegavam de barcos ou canoas, se dirigiam para comprar os seus mantimentos.

Todas as reuniões, festividades e procissões da igreja católica eram feitas no Cais do Porto ou nas suas imediações pois, inclusive, a Igreja de São Boaventura, naquela época, estava localizada na Praça da Bandeira, bem próximo ao Cais do \Porto.

Hoje em dia só os barcos de pesca frequentam o Porto Grande, que só não é um local mais deserto, porque no verão, os turistas transitam vagarosamente pelas margens do Rio Pardo para apreciar as belas paisagens que, como um pano de fundo, embelezam e dão uma sensação de contato direto com a natureza.