quinta-feira, 30 de maio de 2013

Tabu, o Tradicional Jornal de Canavieiras





Edição Mensal do Jornal "Tabu", o Único Jornal de
 Canavieiras


Quem passa pela Praça da Bandeira, no Centro Histórico de Canavieiras, não pode deixar de perceber um belo prédio de esquina, em estilo fase áurea do cacau, onde funciona a sede do jornal Tabu, o único e o mais duradouro de toda a história de Canavieiras.

Este jornal, de tiragem mensal, presta um grande serviço à comunidade canavieirense, noticiando o que precisa ser noticiado, para que as pessoas fiquem informadas da vida cotidiana do município, seja no aspecto político, seja no aspecto social.

Em todas as edições deste prestigioso jornal as notícias estão sempre presentes, juntamente com os artigos que expressam as opiniões da sociedade sobre os mais variados assuntos, principalmente aqueles que são de interesse da grande maioria da comunidade canavieirense.

Outro assunto que é sempre editado pelo jornal é sobre a história de Canavieiras, na coluna "Parece que Foi Ontem", que traz fatos e acontecimentos passados para o conhecimento dos leitores, para que estes fatos  não caiam no esquecimento.

Os comerciantes e outros anunciantes ficariam desamparados se o jornal Tabu deixasse de ser editado, pois são em suas páginas que as propagandas comerciais e os anúncios de serviços são postados, para que a população da cidade e de outras cidades fiquem cientes de tudo o que a cidade oferece.

Em seus 45 anos de existência, o Tabu sempre prestou um ótimo serviço a todos os seus leitores, por isso desejamos que as suas edições tenham uma longa existência para que este ótimo trabalho seja posto à serviço das próximas gerações.

terça-feira, 28 de maio de 2013

Wildenberg - Um Prédio Histórico da Praça da Cesta, em Canavieiras




Casarão Wildenberg  na  Praça da Cesta  -  Centro
 Histórico - Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar


Um dos prédios históricos comerciais mais conservados e com linhas arquitetônicas típicas dos tempos áureos do cultivo do cacau está localizado na Praça da Cesta, próximo ao Cais do Porto, no Centro Histórico de Canavieiras, a cidade mais charmosa do sul da Bahia.

Este prédio, composto de térreo e de um piso imediatamente superior, servido por quatro portas, sendo duas largas e outras duas de menor largura, se destaca entre os outros por suas quatro janelas simetricamente distribuídas, cada uma com oito vidraças e com adornos clássicos da época.

No tempo em que o porto fervilhava, com um movimento digno dos grandes centros, o histórico prédio, com cerca de 90 anos, era ocupado por uma firma suiça, denominada Wildenberg, especializada na compra  e exportação de sementes de cacau.

Por estar na Praça da Cesta, um dos locais mais visíveis e charmosos da cidade, no miolo do Centro Histórico, este prédio atualmente está ocupado por um restaurante, como quase todos os demais prédios da Passarela do Caranguejo.   

Quando você visitar Canavieiras, não deixe de conhecer este prédio que faz parte da história da cidade e tem uma arquitetura típica de uma época em que a cidade sustentava o resto do Estado da Bahia e pouco recebia em troca por esta contribuição.
    

sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Imagem de São Boaventura da Ilha de Canavieiras





Imagem de São Boaventura - Santo Padroeiro de
 Canavieiras - Foto de Regis Silbar



A imagem de São Boaventura, santo padroeiro de Canavieiras, foi encontrada, boiando, nas águas tranquilas de uma praia próxima ao povoado do Puxim, na Ilha do Atalaia, segundo relatavam os antigos moradores da região.

Este precioso achado foi entre o final do século XVII e o início do século XVIII, portanto nos primórdios do início da povoação da região do entorno da foz do Rio Pardo por colonizadores provenientes de outras regiões do Estado da Bahia.

Esta imagem, em estilo barroco português, com quase 90 centímetros de altura, é venerada até hoje, com devoção, pelos católicos canavieirenses, que o festejam, com novenas, quermesses e procissão no mês de julho, com as festividades chegando ao apogeu no dia 14, data em que o santo é comemorado.

Devido ao estilol barroco-português da imagem, é provável que ela seja produto do naufrágio de alguma nau da mesma nacionalidade. Outra possibilidade, esta mais remota, é de que a imagem provenha de alguma nau italiana naufragada, mas navios italianos eram raríssimos no litoral brasileiro.         



terça-feira, 21 de maio de 2013

Canavieiras, o Rio Pardo, e suas Históricas Pontes e Trapiches de Atracação




Vista Aérea de Canavieiras em Meados da 
Primeira  Metade  do  Século  XX   -  Foto 
Garimpada na Internet de Autor Desconhecido


Canavieiras cresceu, mas pouco mudou no seu centro original, que está localizado no atual Sítio Histórico, às margens do Rio Pardo, o rio que serviu de caminho para a fundação da cidade e para o seu posterior desenvolvimento.

Hoje, ainda, podemos observar, que até mesmo nas margens do Rio Pardo houve poucas modificações, pois em meados da primeira metade do século XX, já existia a Ponte do Lloyd, que recebia os navios de médio porte que transportavam para as grandes capitais brasileiras e para os portos do exterior a grande riqueza da região: o cacau.

Logo a esquerda da Ponte do Lloyd podemos ver, na foto acima, a Ponte da Bahiana, toda feita em madeira, que foi demolida e substituída pelo atual pier, que serve de atracadouro para barcos de turismo e iates que frequentam o litoral da cidade de Canavieiras, a cidade mais simpática do sul da Bahia.

Em frente à atual orla fluvial, onde estão localizados os restaurantes do Sítio Histórico, existia, pelo menos, quatro locais de atracação de embarcações, que hoje em não existem mais. Elas eram muito movimentadas, pois era grande a quantidade de canoas carregadas de cacau que as utilizavam como atracadouros.

Você, que quer conhecer Canavieiras, a Princesinha do Sul, a cidade mais preservada do Sul da Bahia, patrimônio memorável do tempo dos coronéis do cacau, não deixe de passear pela orla do Rio Pardo e se deleitar com as antigas construções que fazem o charme da simpática cidade.



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Canavieiras e o Seu Maravilhoso Conjunto Arquitetônico do Cais do Porto




Prédios na Avenida do Cais do Porto de Canavieiras
 no Ano de 1990  -  Foto de Sabino Primitivo 


Recuperar o maravilhoso patrimônio arquitetônico da fase áurea do cacau da cidade de Canavieiras é a solução, tanto para a própria cidade como também para os seus moradores, já que todos desejam que ela seja um Centro Turístico do nível de Porto Seguro, que é um grande centro a nível nacional.

O Cais do Porto, que no início da década de noventa era quase um cemitério de prédios abandonados, foi todo restaurado, mantendo, nas suas fachadas, quase todas as características originais e é, hoje, um dos principais pontos turísticos da cidade. 


Prédios na Avenida do Cais do Porto de Canavieiras
 no Ano de 1990 - Foto de Sabino Primitivo


Naquele tempo - início da década de 90 - cidade de Canavieiras quase não recebia turista nenhum e quase todos os visitantes eram filhos da cidade que foram tentar a vida em outros lugares e estavam voltando apenas para matar as saudades.

Hoje, embora o fluxo turístico não seja grande o suficiente para que a cidade viva dele, o número de turistas aumentou substancialmente, fazendo com que os hotéis da cidade se multiplicassem, dando emprego para muitos canavieirenses.  


Prédios na Avenida do Cais do Porto de Canavieiras
 no Ano de 1990 -  Foto de Sabino Primitivo


Por isto, todos nós devemos fazer uma severa vigilância para impedir que os prédios históricos da cidade sejam descaracterizados ou destruídos com a complacência de prefeitos e administrados públicos, já que estas pessoas, muitas vezes, não estão preparadas para assumir cargos de grande responsabilidade.

Quando a estrada que unirá Canavieiras à Belmonte estiver concluída, Canavieiras terá um grande impulso no seu turismo, já que muitos turistas, vindos de Porto Seguro com destino a Ilhéus, passarão em Canavieiras e muitos se encantarão e poderão ficar alguns dias na cidade.      


Prédios na Avenida do Cais do Porto de Canavieiras
 no Ano de 1990 - Foto de Sabino Primitivo




sábado, 4 de maio de 2013

Flora de Restinga nas Praias de Canavieiras - Parte IV





A flora das restingas das praias de Canavieiras é de uma diversividade muito grande, com belas espécimes que desabrocham flores muito bonitas e outras que, embora não tão bonitas, se harmonizam entre si, formando uma composição que envolve os nossos sentidos.

Às vezes, mesmo frequentando o mesmo lugar há muito tempo, não nos damos conta da beleza que nos envolve e, por este motivo, estamos dando continuidade ao nosso trabalho de divulgar a flora de nossas restingas a todos que por ela se interessa:



Passiflora Edulis

O maracujá, conhecido também como flor-da-paixão, é bem comum na vegetação de beira de praia, logo acima da linha da maré alta, nas ilhas marítimas-fluviais que formam o município de Canavieiras. Mesmo na Ilha de Atalaia, que está semi-urbanizada, o maracujá ainda é muito fácil de ser encontrado.


Para o povo de Canavieiras, isto tem uma grande significação, pois mesmo à revelia das autoridades de plantão, a vegetação a beira-mar ainda continua com uma boa conservação, servindo de moldura para o céu azul e as marolas do mar.


Flor de Maracujá - Passiflora Edulis -  Encontrada
 Entre a Avenida Beira-Mar e a Linha da Maré Alta
 na Ilha de Atalaia em Canavieiras - Foto de Regis 
Silbar  
           

Cyperus Eragrostis

O Cyperus Eragrostis é originário da América do Sul e é muito bem adaptado a terrenos úmidos e, por este motivo, está presente em Canavieiras. No município o seu lugar preferido são as margens do Rio Pardo e de outros rios do município, em lugares bem próximos à linha d'água.

Ele foi levado à Europa como planta ornamental, devido a sua grande beleza rústica, sendo utilizado até hoje em jardins de praças públicas em Portugal. Tornou-se uma planta invasora na Europa e  está presente espontaneamente em relvados e terrenos úmidos.

Cyperus Edulis em Terreno Úmido às Margens
 do Rio Pardo em Canavieiras - Foto de Regis
 Silbar


Solanum Paniculatum

É uma pequena árvore comum no norte e nordeste do Brasil e em regiões tropicais da América do Sul, não alcança altura superior a 5 metros, sendo que 3 metros é a sua altura média. Ela nasce espontaneamente em toda a Ilha de Canavieiras.

É uma planta usada na medicina alternativa e, entre as suas virtudes está a indicação para a cura da impotência sexual. Ela tem muitos nomes populares, entre os quais jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juripeba, jurupeba, geropeba e joá-manso.

Solanum  Paniculatum  -  A  Nossa  Famosa 
Jurubeba - Compõe a Vegetação de Restinga 
nas Ilhas que Formam Canavieiras - Foto de
 Regis Silbar 

                                 


sexta-feira, 3 de maio de 2013

A Procissão de São Boaventura em Canavieiras




Procissão  de  São Boaventura em Canavieiras,
 Possivelmente no Ano de 1990 - Foto de Sabino
 Primitivo   Estampada  na  Revista  Canavieiras
 100 Anos


São Boaventura foi um filósofo e teólogo medieval nascido no Século XIII e doutor da Igreja Católica. Foi cardeal de Albano e pertenceu à Ordem dos Frades Menores. Foi reconhecido como santo e canonizado em 14 de abril de 1482 pelo Papa Sisto IV.

Ele nasceu em Bagnoregio, na Itália entre 1217 e 1221 e morreu em Lyon, na França, em 15 de julho de 1274.

Em Canavieiras, cidade onde São Boaventura é padroeiro, há muitas festividades no mês de julho, culminando com o dia da comemoração do santo padroeiro.

A festa litúrgica de São Boaventura é comemorada no dia 15 de julho, data de sua morte, mas em Canavieiras, a data é comemorada no dia 14 de julho desde quando da criação da Paróquia de São Boaventura em 11 de abril de 1718.

É em 14 de julho que a magnífica procissão de São Boaventura desfila, lentamente, pelas ruas da cidade, com o Santo Padroeiro sendo transportado em um andor ornamentado de flores e carregado pelos devotos mais fervorosos e acompanhado por uma grande multidão de fieis.

Abrindo a procissão um grande estandarte com a imagem do Santo Padroeiro puxa a multidão que, a passos lentos, anda respeitosamente enquanto observa a imagem do Santo Padroeiro sendo transportada. Também uma grande quantidade de bandeiras litúrgicas e de entidades religiosas segue a procissão.

Esta procissão, que é realizada anualmente, faz parte do calendário turístico da cidade. Além da grandiosa procissão, a comemoração do padroeiro envolve também outras atrações, tais como shows de artistas consagrados, trios elétricos, e barraquinhas com guloseimas regionais típicas.

Se você for, com a sua família, a Canavieiras durante as férias escolares de julho, não deixe de participar das festividades do Santo Padroeiro, inclusive participando da procissão, não importando a sua religião. Desta forma você estará participando de uma das mais antigas tradições culturais e religiosas do Estado da Bahia.        



quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Desaparecimento do Relógio Público do Prédio Histórico da Biblioteca Municipal de Canavieiras




Relógio Público da Biblioteca Municipal de 
Canavieiras - Prédio Histórico do Patrimônio
 da Cidade  - Antes do Seu Desaparecimento
 - Foto de Regis Silbar  


A cidade de Canavieiras já teve também o seu Relógio Público, que estava localizado no alto da fachada central da Biblioteca Municipal, antiga Cadeia Pública, na Praça da Bandeira, a principal praça da cidade e onde estão localizados alguns dos prédios históricos mais bonitos.

Este relógio já foi muito útil a toda a comunidade, já que era o único relógio público de toda a cidade e por este motivo, ele não merecia desaparecer misteriosamente, como nunca antes tivesse existido, pois no imaginário popular, ele ainda continua a existir, mesmo que já não esteja mais lá.


Fachada da Biblioteca Municipal de Canavieiras
 Já seu o Seu Histórico Relógio Público - Foto de
 Regis Silbar


Não sabemos de quem foi a ordem para retirá-lo, mas com certeza o prefeito da ocasião estava ciente de sua retirada e nada fez para impedi-lo, ou ainda mais, talvez a ordem tenha partido do próprio, pois o mesmo, com certeza, não tinha consciência da importância histórica do relógio.

Provavelmente, talvez, o relógio estivesse parado ou com algum problema técnico mas,. mesmo assim, não há justificativa para a sua retirada, já que era um símbolo da cidade e símbolo é símbolo e, mesmo parado, ele teria um grande significado e serviria como mais uma atração turística de nossa cidade. 


Biblioteca Municipal de Canavieiras - Antiga 
Cadeia Pública - Monumento  que  Embeleza
  a  Cidade  e  Uma  de  Suas  Sete Maravilhas
 - Foto de Regis Silbar