quinta-feira, 7 de abril de 2016

O Cais de Porto de Canavieiras Foi Construído em 1948 pela Construtora Odebrecht

Cais do Porto de Canavieiras em Construção
 - Foto de Autor Desconhecido - Foto Original
em Minha Coleção


O Cais do Porto de Canavieiras, com cerca de quatrocentos metros de extensão, juntamente com a Ponte do Lloyd foi construído, segundo a Construtora Norberto Odebrecht, em 1948, nesta época com sede na cidade de Salvador, no Estado da Bahia.

A obra foi muito bem feita, pois mesmo depois de várias décadas sem nenhuma grande reforma, ela continua lá, imponente, embelezando as margens do Rio Pardo no centro urbano da cidade, com as suas pedras encardidas pelo tempo. 

Cais do Porto de Canavieiras em 
Construção    -    Foto  de   Autor 
Desconhecido - Foto Original em
Minha Coleção

Hoje, este mesmo cais é alvo da admiração dos turistas que visitam a cidade, sendo retratado em milhares de fotografias que são tiradas todos os anos para que as memórias não sejam apagadas e a felicidade dure para sempre.

Cais do Porto de Canavieiras em 1960 - Foto 
de Autor Não Identificado


É claro que o Cais do Porto de Canavieiras, construído em pedras graníticas, se harmoniza maravilhosamente com as construções do século XIX e início do século XX que emolduram, juntamente com as centenárias  castanheiras-do-maranhão, um ambiente que nos levam a um passado onde o porto fervilhava de embarcações carregadas de cacau. 
    

Publicação da Construtora Odebrecht onde indica que
o Cais do Porto de Canavieiras foi construído em 1948   
https://www.odebrecht.com/pt-br/organizacao-odebrecht/historia


quarta-feira, 6 de abril de 2016

O Primeiro Mapa de Canavieiras-BA

Mapa de Canavieiras - Possivelmente o Primeiro - 
Elaborado  pelo  Padre Roberto de Brito Gramacho
 em 1756   -   Documento Público Extraído do Blog 
Gramachos no Brasil 


Em 1741, portanto, na primeira metade do século XVIII, foi nomeado para a paróquia da Freguesia de São Boaventura do Poxim, atual Canavieiras, o padre Roberto de Brito Gramacho. Nesta época não só a igreja como a maior parte da população residia na Vila do Poxim, na ilha do mesmo nome, bem próximo da atual sede do município.

Por falta de mapas de uma grande parte do território brasileiro, o rei de Portugal incentivava que mapas fossem elaborados e encaminhados para Lisboa a fim de que fossem reorganizados para a elaboração de um único mapa do território.

Entre as pessoas encarregadas de tal serviço estavam os padres, já que, nesta época, eles estavam em quase todas as cidades e pequenas vilas. Foi nesta situação que o primeiro mapa de Canavieiras foi elaborado, aliás muito bem elaborado, pois embora pequeno, podemos identificar os pequenos e grandes detalhes de seu litoral.

Neste mapa podemos ver, com clareza a Ilha de Canavieiras, a Ilha de Atalaia, o Rio Pardo, o Rio Patipe, as barras dos rios da região. Além disto tudo está muito bem explicado nas anotações numeradas de um a vinte.

Parabéns padre Roberto de Brito Gramacho que, sem saber deixou um grande legado histórico para a cidade de Canavieiras, a Princesinha do Sul, a mais conservada cidade histórica da Costa do Cacau.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Acidente com o Douglas DC 3, Prefixo PP-PBS, da Panair do Brasil, em Canavieiras em 1954

O Douglas DC 3, Prefixo  PP-PBS da Panair do 
Brasil,  Desmontado,  Sendo Transportado Pelas 
Ruas   de   Canavieiras    -   Foto  de  Autor  Não 
Identificado


Numa quarta-feira em 18 de agosto de 1954, uma aeronave DC 3 da Panair do Brasil, prefixo PP-PBS (cn 11744), fabricada nos Estados Unidos da América pela Douglas Aircraft Company, foi acidentado na cidade de Canavieiras, no sul da Bahia.

Este avião foi desmontado e removido, transitando pelas ruas da cidade completamente desmontado sob os olhares de grande parte da população e foi, para todos, uma novidade única, pois foi a primeira vez que aconteceu este desfile inusitado.

Este desfile não aconteceu meramente por acaso, pois poderia nunca ter acontecido. A sorte foi que Canavieiras foi uma das primeiras cidades planejadas da Bahia e do Brasil e onde as ruas são largas o suficiente para um grande avião passar sem nenhuma dificuldade. E foi isto que aconteceu.

Ele foi construído em 1942 e foi equipado com dois motores Pratt & Whitney R-1820. Primeiramente fez parte da USAF - United States Air Force - (matrícula 42-68820) e depois foi revendido em 1943, para a Panair do Brasil, na época, a maior companhia de aviação Brasileira. Ele foi um dos 23 DC 3 que voaram pela companhia.

Depois de montado e devidamente recuperado, o avião foi novamente usado pela Panair do Brasil. Depois ele foi vendido para a Transportes Aéreos Nacional, onde obteve o prefixo PP-AKI. Algum tempo depois foi passado para a Real Transportes Aéreos e, finalmente, por despacho datado de 17 de novembro de 1966, publicado no DOU em 03-01-1967 (página 93, seção I) o avião foi transferido para a VARIG.

Posteriormente  ele foi vendido para a Força Aérea Equatoriana - FAE 11747 - que, pouco tempo depois o repassou para TAME - Línea Aérea del Ecuador, onde obteve o prefixo HC-AUY. 

Desde 10 de setembro de 1997 o avião repousa no Museo de la Base Aérea Latacunda em Cotopaxi, Equador.

Esta é a pequena história de um avião que um dia foi acidentado, desmontado, desfilou pelas ruas de Canavieiras, tornou a ser usado e que agora repousa solenemente em um museu aeroviário no Equador, um pequeno país sul-americano na costa do Pacífico.  

Douglas DC 3, Prefixo PP-PBS da Panair
 do Brasil no Aeroporto do Rio de Janeiro

 - Foto Garimpada na Internet

domingo, 3 de abril de 2016

O Casario do Porto de Canavieiras Antes da Revitalização do Centro Histórico

Casario do Cais do Porto de Canavieiras Antes da 
Revitalização  do Centro Histórico  -  Décadas de 
1980/1990 - Foto de Aliomar Guimarães 


O casario estava totalmente quase em ruínas, caindo em pedaços, sem nenhuma utilidade prática para povo canavieirense. Quase não havia comércio no casario, pois o comércio tinha se transferido para a Avenida Rio Branco, quase na saída/entrada da cidade.

Foi assim que ficou por muitos anos o principal lugar do Centro Histórico de Canavieiras, cidade que viveu o seu apogeu no ciclo do cacau e das minas de diamantes do Rio Salobro mas, depois, com o aparecimento da vassoura de bruxa, a cidade entrou em decadência e ficou à beira da pobreza total.

Hoje, uma das principais atividade da cidade está voltada para o turismo e, o Cais do Porto, revitalizado, é uma das grandes atrações, pois ali estão os bares e restaurantes da moda, servindo bebidas e quitutes para os turistas que passeiam pela cidade.






Rua do Brejo no Ano de 1959 - Canavieiras-BA

Rua do Brejo - Canavieiras-BA - Ano de 1959 - 
Foto de Florinda Ribeiro Barbosa 


A Rua do Brejo, em Canavieiras, atualmente conhecida como Rua General Pederneiras, era, na década de cinquenta do século passado, uma rua pavimentada pela natureza, isto é, só areia fina, branca e solta coberta de capim, principalmente do capim-corda, abundante na região.

No meio da rua erguiam-se postes de madeira, onde os compridos fios de eletricidade balançavam ao sabor do vento e levavam a eletricidade às residências para a felicidade dos moradores que, ao anoitecer acendiam as suas lâmpadas para se beneficiarem da tecnologia que a pouco tempo chegara à cidade.

Mas esta felicidade durava pouco, pois às dez horas da noite a luz ia embora depois do terceiro sinal (o sinal era uma rápida piscadela da luz) e todos, neste momento iam providenciar as velas, lamparinas, lampiões e fifós.

Neste tempo a Rua do Brejo era tão calma como ainda hoje continua ser e a monotonia só era quebrada quando haviam os desfiles do Educandário São Boaventura da professora Filuzinha, marcados pelos sons da banda marcial.

Rua do Brejo - Canavieiras-BA - Ano de 
1959 - Foto de Florinda Ribeiro Barbosa



sábado, 2 de abril de 2016

As Beatas da Cidade de Canavieiras

Beatas  com  um  Padre   na Escadaria  da Igreja 
Matriz   de   São  Boaventura  em  Canavieiras  - 
Provavelmente  Início  da  Segunda  Metade   do 
Século XX - Foto de Autor Desconhecido


A Igreja Católica sempre teve uma grande influência na vida da comunidade canavieirense, principalmente no século passado, quando as igrejas evangélicas ainda não estavam disseminadas no seio da sociedade, pois só haviam, fora a Igreja Católica, a Assembleia de Deus e a Igreja Presbiteriana, as duas com um círculo restrito de fiéis.

Nesta época a Igreja Católica reinava absoluta na cidade e tinha uma grande quantidade de fiéis que seguiam ordeiramente as recomendações da padre sobre o modo de vida que deveriam seguir, dentro e fora da igreja.

Foi nestas circunstâncias que surgiram as beatas da cidade, principalmente mulheres, que se envolviam espiritualmente com a igreja, formando um exército defensor da fé, que se filiavam às congregações religiosas, principalmente às Filhas de Maria, que foi a mais importante durante muito tempo e ainda continua sendo.

Esse foi um tempo de glórias para a Igreja Católica que tinha um grande número de beatas que movimentavam a cidade em cada festividade religiosa e que organizavam todas as festas da igreja, principalmente a de São Boaventura, o grande padroeiro da cidade.  


sexta-feira, 1 de abril de 2016

A Escada de Embarque e Desembarque do Aeroporto de Canavieiras

Escada de Embarque e Desembarque do 
Aeroporto de Canavieiras,  Antigamente 
Conhecido  como   Campo de Aviação  - 
Foto  da  Década de Cinquenta do Século
 XX   -   Foto  de  Autor  Desconhecido   - 
ColeçãoRegis Silbar


Durante meados da primeira metade do século XX até meados da década de sessenta do mesmo século, Canavieiras, a Princesinha do Sul, era servida, em seu aeroporto, mas conhecido pela população local como Campo de Aviação, por diversas linhas aéreas que ligavam Canavieiras com as diversas cidades do Brasil, entre as quais o Rio de Janeiro, então capital do Brasil.

Canavieiras, como todas as cidades do Brasil, não possuía os meios atualmente usuais para que as pessoas pudessem ter acesso aos aviões e, por isso, eram usadas escadas para que os passageiros pudessem ter acesso à aeronave.

Deste tempo só sobraram as fotos, não muitas, mas as que ficaram podem nos dar a ideia de como era a vida naqueles tempos logo após aos primórdios da aviação. Reparem bem como era frágil a estrutura da escada que levou muita gente para os ares. Observem também as rodinhas, pequenas mas que deram conta do recado.

Agora os tempos são outros, Canavieiras ainda continua com o seu aeroporto mas os aviões sumiram por conta do progresso e a cidade ainda continua a viver pacatamente como sempre viveu. Foi um sonho que passou.