quarta-feira, 27 de junho de 2018

Requerimento dos Moradores para que Canavieiras fosse Transformada de Povoado a Condição de Vila - 25-01-1824


Motivo do Requerimento para a Elevação
 de Canavieiras a Condição de Vila


Requerimento dos Moradores de Canavieiras para que o
 Povoado Fosse Elevado a Condição de Vila - Datado de 
25-01-1824


Abaixo Assinado do Requerimento Solicitando que Canavieiras
 fosse Elevada a Condição de Vila - Datado de 25-01-1824


Assinaturas do Abaixo-Assinado

sábado, 23 de junho de 2018

Como Era Belo o Antigo Piso da Igreja de São Boaventura em Canavieiras

Padre Paulo,  em 1970,  Sobre
 o Antigo Piso da Igreja de São
Boaventura em Canavieiras 


Quem se lembra do antigo piso da Igreja de São Boaventura em Canavieiras? Com certeza, só poucas pessoas, pois era apenas um piso e muitos não deram importância a esta singularidade mas, para os poucos que se lembram, com certeza estarão lembrando de uma parte da história da cidade que não volta mais.

Este belo piso, do início do século XX, original do tempo da construção da igreja, foi substituído por um reluzente piso de granito que descaracterizou completamente o projeto arquitetônito elaborado para harmonizar o interior da igreja com o seu exterior em estilo neogótico.

O granito não é feio ou antiquado mas, de maneira alguma combina com a época em que a igreja foi construída, uma época em que a cidade se orgulhava de sua arquitetura erguida com o dinheiro das lavouras de cacau.

Para se ideia do tesouro que foi perdido, basta imaginar como ficaria as antigas igrejas do Rio de Janeiro, Salvador e Minas Gerais, desprovidas do seu piso original para serem substituídas por polidas e brilhosas lajotas de granitos.

Além do mais, o antigo piso da Igreja de São Boaventura não estava em estado lastimável, merecendo substituição, pois ele estava em ótimas condições e foi substituído apenas por mera determinação de alguém que não tinham interesse algum em preservar a história e o passado glorioso da cidade de Canavieiras.

sexta-feira, 22 de junho de 2018

O Graf Zeppelin no Céu de Canavieiras

Graf Zeppelin Sobre Canavieiras - Lado Esquerdo
 Prédio da Navegação Bahiana com o Navio Maraú
 Atracado na Ponte da Bahiana no Rio Pardo


O Graf Zeppelin, o grande dirigível alemão, fez a sua viagem inaugural para o Brasil, cruzando o Oceano Atlântico, em 1932, chegando a Recife, com destino ao Rio de Janeiro, no dia 22 de maio.

Ao chegar em Recife uma grande multidão o aguardava, pois o prefeito da cidade tinha decretado feriado municipal para que o povo participasse da chegada da imensa aeronave em solo nacional.

Durante muitos anos o Graf Zeppelin cruzou o céu do Brasil trazendo e levando mercadorias e passageiros até que, em 1937, após o acidente com o dirigível Hindenburg em Nova Iorque (06-05-1937), as operações com os dirigíveis foi desativado pelos alemães.

Em Canavieiras o Zeppelin era visto toda a vez que transitava com destino ao Rio de Janeiro, sendo uma grande atração para a população local e de outras cidades litorâneas da Bahia, já que ele viajava sempre a baixa altitude, acompanhando a linha do litoral.

Assim, a fotografia acima foi tirada, com certeza entre maio de 1930 e meados de 1937 e, com certeza, num dia em que o navio Maraú, que naufragou em 6 de outubro de 1942,  estava atracado no Porto Grande do Rio Pardo, em Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Aves no Cais do Porto de Canavieiras

Paroaria dominicana - Cardeal do Nordeste
 - Cais do Porto - Canavieiras-BA - Foto de
Regis Silbar



Canavieiras, a Princesinha do Sul, localizada na extremidade sul da Costa do Cacau, no sul do Estado da Bahia, é um paraíso onde a biodiversividade está quase em estado primitivo, pois a cidade está localizada em uma ilha, rodeada por manguezais e pela Floresta Atlântica, conservada pela cultura do cacau, pois dela precisava para sombrear as lavouras.



Egretta thula - Garça-Branca-Pequena
 - Cais do Porto - Canavieiras-BA - Foto
 de Regis Silbar 
 


Passeando pelo Cais do Porto, podemos encontrar, em pouco tempo, uma grande variedade de aves, principalmente garças pretas e brancas, que teimam em ciscar, procurando comida, na vegetação rasteira que cobre o solo lamacento que margeia o Rio Pardo, o rio que banha o Cais do Porto Grande, o porto da cidade de Canavieiras.


Turdos rufiventris - Sabiá-Laranjeira -
Parque das Ruínas - Cais do Porto -
Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar


Também há bandos de cardeais do nordeste, procurando comida no calçamento do cais do porto, mas que voam rapidamente quando nos aproximamos, mesmo que sorrateiramente, para fotografá-los ou para os apreciarmos mais de perto. Mas é melhor ficarmos a observá-los a uma maior distância para podermos prolongar a observação, mesmo porque não é todo o dia que podemos ter este prazer.



Fluvicola nengenta - Lavadeira-Mascarada
 - Cais do Porto - Canavieiras-BA - Foto de
Regis Silbar


A melhor hora de encontrar as aves ao longo do Cais do Porto é na parte da manhã, quando elas saem de seus abrigos para procurar comida e para se aquecerem com os primeiros raios de sol, mas tem aves que frequentam o Cais do Porto o dia inteiro, ficando muito mais fácil a sua observação. É o caso dos bem-te-vis, que dão o ar de sua graça o dia inteiro.   


Andorinhas em Fio Elétrico a Trinta Metros
 do Cais do Porto de Canavieiras-BA - Foto
 de Regis Silbar


Os urubus, aves que não são muito estimadas, mas muito úteis, também frequentam o Cais do Porto de Canavieiras atraídos pelos restos de frutos do mar descartados pelos barcos de pesca que ancoram às margens do Rio Pardo para descarregar os pescados  que serão encaminhados aos grandes centros de consumo.


Urubus no Cais do Porto - Canavieiras-BA
 - Foto de Regis Silbar

sábado, 2 de junho de 2018

A Praça de São Boaventura, em Canavieiras, na Década de Quarenta do Século XX

Praça de São Boaventura em Canavieiras-
BA - Provavelmente anos 40 do Século XX



Nos anos quarenta do Século XX, Canavieiras ainda era uma pequena cidade com cerca de cinco mil habitantes, mas já possuia uma igreja suntuosa que estava  situada em uma vasta praça monotodamente preenchida por um vasto e belo areal.

Pouco tempo depois foi construído uma pequena ilha, em forma de quadrilátero,  no meio da praça com um coreto circular em seu centro. Esse coreto continha oito postes e cada poste continha uma luminária.

O ilha em forma de quadrilátero era dividida em quatro outros quadriláteros e em cada um deles, estavam instalados seis bancos de jardim, totalizando vinte e quatro bancos, sendo que cada banco comportava quatro pessoas sentadas confortavelmente.

A praça só ficava movimentada e cheia de vida quando das festividades religiosas, quando a população, quase toda católica, se dirigia à igreja para participar das festividades, principalmente no mês em que era dedicado ao padroeiro São Boaventura.

A praça onde o povo se reunia para se inteirar das novidades era a Praça da Cesta, no Porto Grande, bem às margens do Rio Pardo. Ela lá que a fofoca corria e todos iam se exibir vestindo as suas melhores roupas.