terça-feira, 28 de março de 2017

A Antiga Ponte Sobre o Rio Cipó em Canavieiras

Ponte de São Boaventura Sobre o Rio Cipó em
Canavieiras - Foto de Arquivo Pesso
al


A cidade de Canavieiras, onde foi plantado o primeiro pé de cacau da Bahia, está localizada em uma ilha fluvial, a Ilha de Canavieiras, envolta pelos rios Pardo, Cipó e Patipe, todos de águas não poluídas, deixando a cidade sem comunicação terrestre contínua com o continente, a não ser que seja através de uma ponte, e essa ponte foi construída sobre o Rio Cipó, permitindo, assim, que a cidade se comunicasse com o continente sem o uso de embarcações.

Primeiramente esta ponte foi construída de madeira, recebendo o nome de Ponte São Boaventura, servindo durante muitos anos como meio de comunicação da Ilha de Canavieiras com o continente. Essa ponte era muito resistente, permitindo a passagem, de uma só vez, de diversos veículos pesados como caminhões.

Ela foi inaugurada como parte das festividades do 62º aniversário da emancipação da cidade e media noventa e sete metros de comprimento e quatro metros de largura e foi totalmente construída em madeira de lei.

Depois de muitos anos de uso essa ponte foi substituída por outra construída em concreto que vem resistindo até hoje, servindo, inclusive, como parte da estrada BA-001, que liga a cidade de Canavieiras à cidade de Ilhéus.   

quarta-feira, 15 de março de 2017

As Ruínas "Art Déco" de Canavieiras - Um Tesouro Quase Perdido

Ruínas  do  Antigo  Instituto  do  Cacau  da  Bahia
Construído  em  Estilo  "Art Déco" - Canavieiras -
Foto de Regis Silbar


É uma pena, mas as construções em estilo "Art Déco" da cidade de Canavieiras, a mais bela do sul da Bahia, estão sendo completamente destruídas, tanto pela ação do tempo, como também pela falta de apoio dos poderes públicos à sua preservação.

Sendo este tipo de arquitetura típico dos anos vinte e trinta do século passado, é de se estranhar que tenha sido tão usado em Canavieiras, uma pequena cidade tão longe dos grandes centros onde esta moda estava sendo plenamente usada.

Mas, Canavieiras, nestes anos de ouro da fase da arquitetura "Art Déco", estava substituindo as antigas construções, por outras mais novas, e então, foi adotado, o estilo então vigente na Europa e Estados Unidos.

Com o passar dos anos, face à ruína das plantações de cacau ocasionadas  pelo fungo denominado Vassoura de Bruxa,  a cidade entrou em decadência e, junto com ela, as antigas construções em estilo "Art Déco".

Hoje em dia, com o desenvolvimento da atividade turística, várias destas antigas construções estão sendo recuperadas, mas a maior parte ainda continua entregue a sua própria sorte.

Casa em Ruínas em Estilo "Art Déco" na Rua do Brejo
 (Atual General Pederneiras) - Canavieiras-BA - Foto
de Regis Silbar  

A Ponte do Lloyd ao Entardecer - Canavieiras-BA

Ponte do Lloyd no Rio Pardo ao Entardecer - Sítio
 Histórico - Canavieiras - Foto de Regis Silbar 


A Ponte do Lloyd, no Rio Pardo, em Canavieiras, é uma festa ao entardecer. Grupos de jovens se reúnem em toda a sua extensão para apreciar a paisagem e, principalmente, para observar os mergulhos, feitos a partir da ponte, por outros jovens que ali também se reúnem para a prática deste esporte.

Ao seu redor, muitos turistas também se reúnem para participar, um pouco mais ao longe, destes acontecimentos que já se tornou uma tradição nos finais de tarde da cidade.

Além do mais, da Ponte do Lloyd, o Rio Pardo pode ser visto em toda a sua plenitude e, se tiver um pouco mais de sorte, poderá ver os golfinhos que povoam o se abrigam nas suas águas azuis.

Quando você for a Canavieiras, não deixe de conhecer a Ponte do Lloyd, no Centro Histórico da cidade. Era ali que os navios do Lloyd Brasileiro atracavam quando aportavam no Porto Grande, o porto de Canavieiras.


segunda-feira, 13 de março de 2017

A Festa de São Sebastião na Praça da Capelinha em Canavieiras


Estandarte em Homenagem a São Sebastião na festa
 da  Praça  da  Capelinha  em  Canavieiras - Início da Década de Noventa do Século XX 


Sendo São Sebastião o santo mais popular de Canavieiras, ele teve, desde os primórdios da cidade, uma das mais bonitas e animadas festas, reunindo, em um só lugar, um grande número de pessoas. Esse lugar era, e ainda continua sendo, a Praça da Capelinha, onde se situa a Capela da Sagrada Família.

Esta festa, antigamente, começava com a chegada do Mastro de São Sebastião à Praça da Capelinha. O mastro vinha do Cais do Porto e desfilava pela cidade, carregada pelos fieis até chegar ao seu local de destino: a Praça da Capelinha em frente à Capela da Sagrada Família. Atualmente, o mastro ainda continua a ter o mesmo trajeto.

São Sebastião também era festejado com danças típicas entre as quais o Bumba meu Boi, onde um homem era coberto com uma estrutura em forma de boi e dançava freneticamente, dando chifradas no ar, acompanhado de mocinhas com trajes específicos para a dança, que cantavam e dançavam acompanhando o som da música que tocava sem parar.

Na praça não parava de circular pessoas. Grupos de mocinhas se encontravam com grupos de rapazes e os olhares matreiros se entrelaçavam dando margem a um futuro relacionamento.

Nas barraquinhas as pessoas se aglomeravam para comprar e comer gulodices. Tinham barracas que vendiam roletes de canas, cachos de mané velho (frutos da palmeira tucum) e outra delícias regionais variadas.

Em outras barraquinhas a atividade era outra: o jogo. A principal modalidade era a roleta, com apostas em dinheiro, onde quem sempre lucrava era o dono da banca. Quem ganhava, ganhava pouco dinheiro, quem perdia, perdia muito dinheiro.

Com o passar dos anos a festa foi se raquitizando, perdendo pouco a pouco os seus atrativos principais e, hoje, na segunda década do século XXI, pouco resta daquela magnífica festa que tanto encantava os canavieirenses.

Os motivos são muitos, mas os dois principais foram os programas e as novelas de televisão, que naquele tempo não existiam, pelo menos em Canavieiras, e o crescimento da violência, por falta de leis mais justas neste país.


Dançarinas Folclóricas do Bumba-Meu-Boi na Festa
 da Capelinha em Canavieiras no Início da Década de
Noventa do Século XX  

sábado, 11 de março de 2017

O Colorido do Cais do Porto de Canavieiras no Início da Década de Noventa do Século XX

Cais do Porto de Canavieiras no Início da Década
 de Noventa do Século XX


O Cais do Porto de Canavieiras antes da revitalização do seu Centro Histórico em 1998, sempre teve um colorido intenso em seu casario do século XIX e do início do século XX. Era ali o lugar onde as principais casas comerciais da cidade estavam instaladas.

Como toda a movimentação da cidade se concentrava no Porto, que recebia navios, barcaças com cacau e passageiros e mercadorias vindos das fazendas de cacau às margens do Rio Pardo e também de Belmonte, cidade ligada pelo Canal de Poaçu ao Porto de Canavieiras, era de se esperar que todo o comércio se concentrasse no Cais do Porto, às margens do Rio Pardo.

Por este motivo, o Cais do Porto sempre foi, até meados da década de setenta, o cartão de visitas da cidade. Com a abertura da Rio-Bahia, também em meados da década de setenta e com o declínio do comércio marítimo e fluvial, a movimentação de passageiros e mercadorias passou do Porto para a entrada da cidade, nascendo assim um novo centro comercial em detrimento do antigo, que finalmente entrou em colapso no final da década de noventa.

Assim, o comércio do Cais do Porto ficou por muitos anos completamente decadente até ser completamente desativado por falta de clientes, já que eles preferiam fazer as suas compras no novo centro comercial, na Avenida Rio Branco e adjacências.

Estando quase todas as lojas do Cais do Porto fechadas por muitos anos, ninguém se interessou em fazer reformas nas fachadas dos prédios e, por este motivo, os prédios do Cais do Porto se salvaram de reformas que danificariam para sempre a beleza de suas fachadas da época de ouro do cacau.

Hoje em dia, com a área revitalizada, os prédios históricos abrigam restaurantes e casas comerciais voltadas para o turismo, dando uma nova vida ao Cais do Porto, que hoje em dia, vive principalmente de sua nova atividade, o turismo.


quinta-feira, 9 de março de 2017

As Cordas de Caranguejos de Canavieiras

Menino com Duas Cordas de Caranguejos na
Avenida Beira-Mar de Canavieiras - Início da
Década de 90 


Antigamente, em Canavieiras, existia a figura da caranguejero. Eram pessoas, quase todas homens, que saiam às ruas, com cordas de caranguejos amarradas nas duas extremidades de uma vara comprida e resistente, vendendo o seu produto pelas ruas da cidade.

Cordas de caranguejos, eram e ainda continua sendo, uma certa quantidade de caranguejos, amarrados com fibras naturais, formando uma espécie de cacho para facilitar o transporte e a venda.

Esses animais eram transportados e vendidos vivos e, por isto, estavam sempre fresquinhos para quem os comprasse para consumir. Cada corda era, geralmente, com uma duzia de caranguejos e o valor cobrado não era muito alto pois, embora a cidade fosse rica, a população, em geral, não possuía boas condições financeiras.

Com o caranguejo é possível fazer muitos pratos deliciosos, tais como muquecas, casquinhas, farofas, empadas, pastéis e outras delícias mais, ficando muito mais saborosos se forem temperados com azeite de dendê e bastante pimenta baiana.


quarta-feira, 8 de março de 2017

O Interior da Torre da Igreja de São Boaventura em Canavieiras

O Interior da Torre da Igreja de São Boaventura
em Canavieiras - Foto de Regis Silbar



Poucas pessoas já tiveram acesso ao interior da torre da Igreja de São Boaventura em Canavieiras, mas das que tiveram, acho que muito poucas tiveram a ideia de fotografá-la. 

O interior da torre guarda muitos segredos e, o mais importante deles são os vestígios das janelas que um dia a embelezaram. Atualmente a torre só tem uma abertura frontal onde estão instalados os dois sinos e uma janela na sua lateral mas, antigamente, a torre possuía, além da abertura frontal com os sinos, mais três janelas, sendo duas laterais e uma na parte posterior da construção.

As antigas fotos, de quando a igreja foi construída e até as fotos mais recentes do início do século XX, ainda mostram as outras janelas que, inconsequentemente foram fechadas, definitivamente, com tijolos e cimento, destruindo a beleza original da linda igreja.

A foto acima, de janeiro de 2017, mostra, com clareza, a marca da janela lateral que foi fechada com tijolos e, de maneira tênue a marca da janela traseira que, também, foi definitivamente fechada, embora tenham deixando, em seu exterior, uma janela aparente que, pelo menos ainda compõe a parte externa da torre.

Mas, de qualquer maneira, a Igreja de São Boaventura, ainda continua bela, aguardando a sua visita, mesmo se você não for católico, pois Deus está presente em todos os lugares  e ele irá te proteger.

terça-feira, 7 de março de 2017

As Cinquenta Janelas e Duas Portas da Prefeitura Municipal de Canavieiras

Fachada  Principal  da  Prefeitura  Municipal  de 
Canavieiras com as Suas Dezessete Janelas e Sua 
Porta Principal - Foto de Regis Silbar



A quase totalidade da população de Canavieiras nunca se deu conta de uma curiosidade única: a Prefeitura Municipal de Canavieiras tem exatamente cinquenta janelas e duas portas externas. Sim, meia centena de janelas distribuídas simetricamente em torno de suas quatro fachadas.

Podemos observar que todas as janelas estão dispostas harmonicamente nas quatro fachadas, dando ao edifício uma singular beleza compatível com o tipo de arquitetura adotada no final do século XIX para os prédios públicos no sul da Bahia. Este estilo também foi adotado na arquitetura do prédio da Prefeitura Municipal de Ilhéus.

É claro que a construção de um prédio tão majestoso em uma pequena cidade com uma população beirando cinco mil habitantes não foi uma tarefa fácil, mas a cidade, embora com uma pequena população, era uma das mais ricas do Estado da Bahia, nutrida com o dinheiro da cultura do cacau e da lavra dos diamantes do Rio Salobro.

Quando você for a Canavieiras, não deixe de conhecer o prédio da Prefeitura Municipal localizado na Praça da Bandeira, no Centro Histórico da cidade, o mais conservado e belo de todo o sul da Bahia.


Fachada Posterior e Lateral da Prefeitura Municipal
de Canavieiras,  com seu número impressionante de 
janelas - Foto de Regis Silbar










sábado, 4 de março de 2017

A Usina de Geração de Eletricidade da Rua do Mangue em Canavieiras

Usina de Eletricidade de Canavieiras da Rua do
 Mangue  -  Primeiro  Prédio a Esquerda  Após o
Suporte da Asa do Avião 



Antigamente, até meados da segunda metade do século XX, Canavieiras era abastecida de energia elétrica pela Usina de Força localizada na Rua do Mangue. Era uma usina simples, movida a combustível, mas que só funcionava do anoitecer até às dez horas da noite.

Dessa forma, os eletrodomésticos que necessitavam de energia elétrica continuadamente para funcionar, como as geladeiras, só podiam ser usadas se fossem movidas à querosene. Assim, quase todas as residências não tinham este eletrodoméstico tão útil para o lar.

Os rádios, durante o dia só funcionavam se fossem ligados a uma bateria de automóvel que, por incrível que pareça, também faziam parte do mobiliário e, por isto, sempre ficavam na sala de estar, ao lado do rádio.

Hoje, a Usina de Força e Luz não funciona mais, pois a energia vem de longe, através de linhas de transmissão mas, o prédio onde ela funcionava ainda existe e, nele, funciona atualmente, a agência de Previdência Social da cidade.

Agência da Previdência Social de Canavieiras - Rua
do Mangue - Prédio Onde Funcionava a Agência de
Força - Foto de Regis Silbar

A Praça de São Boaventura em Canavieiras

Praça de São Boaventura Vista da Torre da Igreja -
Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar


A Praça de São Boaventura, em Canavieiras, na Costa do Cacau, já foi um vasto areal de areias brancas, fininhas e tão fofas que engoliam os pés de quem se atrevesse a pisar nas suas dunas mais altas e era coberta de capim-cipó, que se entrelaçavam, formando uma rede que, em alguns lugares, impedia a movimentação da areia, mesmo se o vento estivesse mais forte.

Com o tempo, a Praça de São Boaventura foi se modificando: primeiro com a inauguração, em 1932, da bela igreja deu uma nova vida ao lugar, depois com a inauguração do belo coreto no meio da praça. A igreja foi por muito tempo uma das poucas construções naquela região, pois a cidade, nos anos 30, se resumia a poucas ruas, todas elas começando no trecho compreendido entre o início do cais do porto até à Rua do Mangue que, nesta época não era tão longa como atualmente.


Praça de São Boaventura, com o Coreto em Primeiro
 Plano e a Igreja em Segundo - Canavieiras-BA


Algum tempo depois a praça foi parcialmente urbanizada, recebendo canteiros e, no meio da praça, um coreto com postes decorados de iluminação, que serviu de palco para muitas festividades, tanto religiosas como pagãs, durante o período de sua existência, antes de ter sido demolido.

Atualmente a praça esta urbanizada com canteiros e plataformas com formas geométricas, com muitos coqueiros embelezando a paisagem. As vias de circulação são pavimentadas com paralelepípedos, nada lembrando o antigo e vasto areal que, por muito tempo foi a bela paisagem do lugar.


Praça de São Boaventura com o Seu Vasto Areal e
Trechos de Capim-Cipó - Canavieiras-BA

quinta-feira, 2 de março de 2017

As Areias Monazíticas da Foz do Rio Pardo em Canavieiras


Areias Monazíticas na Foz do Rio Pardo em
Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar


As areias monazíticas, mineral radioativo com grande poder de cura para diversos tipos de doenças, são abundantes nas praias de Canavieiras, a Princesinha do Sul, principalmente na Ilha de Atalaia, onde se localiza a Foz do Rio Pardo.

Entre as doenças contabilizadas como curáveis pelas areias monazíticas estão a artrite, o reumatismo, doenças de pele, doenças musculares e doenças respiratórias.

Areias Monazíticas na Foz do Rio Pardo em
Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar

Quando as areias monazíticas apresentam a cor preta, como as encontradas em Canavieiras, é porque  ela é rica em ilmenita, um óxido natural de ferro e titânio com dureza entre cinco e seis e densidade entre 4,1 e 4,8.

A quantidade de areias monazíticas na foz do Rio Pardo é impressionante, tornando trechos com o ambiente completamente escuro e com um majestoso brilho metálico refletindo os raios de sol.


Areias Monazíticas na Foz do Rio Pardo em
 Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar

Em um trapiche ao final do cais do Rio Pardo, próximo à Rua do Mangue, opera uma empresa de turismo que organiza passeios à Ilha das Garças, à foz do Rio Pardo e à ponta da Ilha do Atalaia onde é abundante as areias monazíticas.

Quando você for a Canavieiras não deixe de conhecer as ricas jazidas de areias monazíticas que afloram na foz do Rio Pardo, mesmo se você não tiver nenhuma doença, pois vale a pena conhecê-la.   

Areias Monazíticas na Foz do Rio Pardo em
Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar

quarta-feira, 1 de março de 2017

As Casas em Estilo "Art Déco" de Canavieiras - Um Grande Tesouro do Passado

Quatro Lindas Casas em Estilo "Art Déco" na Rua
do Brejo - Atual General Pederneiras - Canavieiras
-BA - Foto de Regis Silbar


Canavieiras, a linda e maravilhosa cidade ao sul do Estado da Bahia, tem um imenso tesouro arquitetônico e entre esses tesouros estão as suas belas casas no mais puro estilo "art déco", movimento que nasceu e predominou na Europa nos anos 20 e 30 do século passado e que se espalhou pelo mundo, inclusive no Brasil.

Sendo uma rica cidade, Canavieiras acompanhava todos os modismos culturais das grandes capitais europeias e, por isto, a cidade, principalmente a Rua do Brejo, é pontilhada de construções neste estilo, onde predominam as linhas simples e geométricas, com poucos enfeites e, por isto, harmonicamente belas.


Casa em Estilo "Art Déco" na Rua do Brejo - Atual
General  Pederneiras  -  Canavieiras-BA  -  Foto  de
Regis Silbar

Este tesouro não pode e não deve ser destruído, já que em todas as outras cidades civilizadas do Brasil e do mundo, as construções no estilo "art déco" são tombadas pelo patrimônio histórico e, por isto, não podem ser demolidas ou danificadas.

Na Rua do Brejo, basta um rápido passeio pelas suas calçadas para apreciar as belas construções no estilo "art déco". São casas com traços geométricos simples, despojadas de enfeites, mas com um bom gosto sem igual.

É uma penas que estas riquíssimas construções estão sendo demolidas para, em seu lugar, serem erguidas casas com "estilo Favela da Rocinha" que, nem de gosto duvidoso são, pois são as próprias feiuras desarmônicas em pessoa.

Mas, a maioria das casas ainda conservam as suas características arquitetônicas originais, do tempo em que a cidade esbanjava riqueza e seguia as últimas tendências europeias, importando, inclusive, todo o material necessário para as suas construções.

Quando você for a Canavieiras, não deixe de observar e admirar as suas belas construções no mais puro estilo "art déco" e também não deixe de provar o prato denominado Cabeça de Robalo que, de robalo, não leva nada, mas é muito saboroso.

Quatro Lindas Casas em Estilo "Art Déco" na Praça 
do Cacau - Canavieiras-BA - Foto de Regis Silbar