Uma Supplica - Poesia de Bernardino de Lyro Barbosa - 1899 - O poeta de Canavieiras |
terça-feira, 30 de agosto de 2022
quinta-feira, 11 de agosto de 2022
O Navio Dois de Julho no Porto de Canavieiras
O navio Dois de Julho no Porto Grande - Canavieiras-BA - Data Provável: Final da Década de Quarenta ou início da Década de Cinquenta do Século XX - Colorizado por Regis Silbar |
O navio Dois de Julho era assíduo no Porto de Canavieiras durante um grande período do Século XX, levando mercadorias, passageiros e, principalmente, sendo carregado de sementes de cacau para ser transportado por navios maiores em direção à Europa e aos Estados Unidos.
Esse navio, quando atracado, ornamentava o Cais do Porto, fazendo contraste com o belo conjunto arquitetônico do casario secular que até hoje permanece embelezando a paisagem da orla do Rio Pardo.
Hoje em dia nem podemos imaginar que o porto de Canavieiras já recebeu navios no século passado, com um Cais do Porto com um respeitável movimento de passageiros, cargas, estivadores, barcaças e pequenas embarcações que traziam as sementes do cacau das fazendas que margeavam o Rio Pardo.
Hoje em dia o Cais do Porto é tranquilo, só recebendo iates, barcos turísticos, canoas e pequenas embarcações. Nada igual ao porto movimentado que um dia foi.
Clube Lítero Social de Canavieiras
Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, já teve em épocas áureas, alguns clubes que desempenharam um grande papel para o desenvolvimento de sua sociedade, promovendo festas e servindo de palco para todos os tipos de comemorações em seus recintos.
Um desses clubes foi o Clube Lítero Social que funcionava na Rua Treze de Maio. Ele era um dos mais representativos e tradicionais da cidade e suas festas eram divulgadas boca a boca e então eram sempre muito animadas e serviam de assunto por muito tempo.
É claro que nem tudo o que é bom dura para sempre e, por falta de uma consciência dos governantes (prefeitos) de plantão, este clube deixou de existir e hoje, só resta dele algumas poucas fotos que foram deixadas para a posteridade.
terça-feira, 9 de agosto de 2022
O Vôo Comercial Mais Curto que Já Existiu no Brasil - Canavieiras/Belmonte
Você sabia que os vôos comerciais mais curtos que já existiu no Brasil ficavam na Bahia entre o Aeroporto de Canavieiras e o Aeroporto de Belmonte, para ligar as duas cidades antes de existir o acesso por rodovias?
Mesmo sendo as duas cidades tão próximas, ainda era preciso, nas décadas de cinquenta e sessenta do Século XX, que a ligação entre as duas cidades fosse feita através de aeronaves, já que não existia outra forma de ligção constante entre as duas cidades, já que os navios aportavam nos portos de Canavieiras sem data fixa e, mesmo assim, nem todos os navios que atracavam em Canavieiras transitariam também por Belmonte.
A distância entre o Aeroporto de Canavieiras e o Aeroporto de Belmonte é de apenas 23 quilômetros em linha reta, o que tornavam os vôos os mais curtos do Brasil.
Esses vôos entre as duas cidades por aviões comerciais de carreira não eram periódicos, eles eram constantes e faziam parte das rotas comerciais das companhia de navegação aérea que operavam no sul da Bahia, tais como Cruzeiro do Sul, Panair do Brasil e outras mais.
Quando esses vôos eram realizados o Aeroporto de Canavieiras era com pista de terra, hoje em dia, a pista é asfaltado mas nenhuma companhia de aviação nela opera. Talvez no futuro, alguma companhia se interesse novamente em voar para a cidade de Canavieiras.
segunda-feira, 8 de agosto de 2022
A Placa do Cine Central na Praça do Cacau - Canavieiras-BA
Antigamente, mas muito antigamente mesmo, era costume dos cinemas de Canavieiras anunciarem nas praças públicas e ruas de maior movimento, os filmes que iriam passar em suas respectivas salas.
Um desses cinemas foi o Cine Central, localizado na Praça de Cesta, conforme podemos verificar através de uma placa que foi fotografada na Praça do Cacau e que ficou para a posteridade. Nesta placa podemos observar que o filme alvo da propaganda era estrelado pelo ator norte-americano Charles Starrett e que a sessão iria começar às três horas em ponto.
Embora a foto não tenha data disponível, podemos afirmar, com certeza, que esta fotografia era anterior à data de 01-novembro-1942, pois os valores dos custos dos ingressos ainda estavam em réis (500 réis e 1000 réis) e, também, porque foi a partir da citada data que começou a vigorar o novo padrão nonetário nomeado pelo nome de cruzeiro.
Notaram que, com as poucas palavras escritas na placa ela nos contou e nos deixou uma valiosa e detalhada história de uma época?
quinta-feira, 4 de agosto de 2022
Os Estivadores de Canavieiras - Uma Profissão que Desapareceu
Os estivadores de Canavieiras não tinham descanso, era trabalho árduo o ano inteiro. Quando estava na safra de cacau o trabalho era em dobro, já que tinham que embarcar os sacos de sessenta quilos da preciosa semente, como também desembarcar as mais variadas mercadorias que chegavam para a cidade, já que quase tudo o que a cidade consumia vinha de outras regiões do Brasil ou então da Europa.
O Cais do Porto era o lugar mais movimentado e importante da cidade e tudo era ali centralizado. E os estivadores davam um ar mais febril à movimentada região, quando embarcavam o cacau nos navios, em fila indiana, com os sacos de sessenta quilos sobre às suas cabeças, em direção aos porões das embarcações.
É claro que existia o Sindicato dos Estivadores no início da Rua da Jaqueira, onde eles se reuniam para discutir e tomar decisões sobre os assuntos que lhes interessavam e, além disto, o lugar era um dos centros mais festeiros da cidade.
O trabalho era cansativo, mas era compensador em termos financeiros, já que não haviam muitas opções na cidade e trabalho nunca faltava.
Canavieiras, na época, era um dos portos mais movimentados da Bahia e embarcações chegavam a todo o momento e ancoravam às margens do Rio Pardo, onde os passageiros e mercadorias eram desembarcados e, era nestas ocasiões que os estivadores entravam em cena, exercendo a sua profissão e beneficiando a cidade com o seu trabalho.
O tempo passou, Canavieiras deixou de receber navios, a estiva deixou de existir e a profissão foi extinta. Ficou a saudade daqueles tempos em que Canavieiras tinha um porto e recebia navios de todo o Brasil e até da Europa e o seu comércio era ao redor do Cais do Porto que era o local mais vibrante da cidade.