terça-feira, 16 de agosto de 2011

Navios no Porto de Canavieiras - Um Passado Que Não Volta Mais

Navio Não Identificado no Porto de Canavieiras
 no Ano de 1955 - Foto de Cartão Postal


O Cais do Porto de Canavieiras, no Rio Pardo, até meados da segunda metade do século passado, era um grande porto fluvial, que recebia navios de pequeno e médio porte. Era o Porto Grande, denominação pelo qual ele era conhecido.

Esse porto era muito movimentado, pois era frequentado por navios mercantes e de passageiros, pois as viagens, naquele tempo, só podiam ser feitas através de navios ou aviões. Além dos navios, o porto tinha uma grande profusão de barcos, dos mais variados tamanhos, e de canoas, que transportavam o cacau plantado nas lavouras que ladeavam as margens do Rio Pardo para ser embarcado nos navios.

Uma das companhias, cujos navios atracavam no Porto de Canavieiras,  era a Companhia de Navegação Bahiana, estatal pertencente ao Governo do Estado da Bahia que explorava linhas de navegação marítima e fluvial no Estado da Bahia e em alguns trechos de outros estados do Brasil, indo, por um certo período, até a Argentina, para onde levava o cacau da Bahia e trazia o trigo da Argentina.

A Companhia de Navegação Lloyd Brasileiro, por um certo momento, a maior companhia de navegação marítima das américas, também atracava os seus navios no Porto Grande, em Canavieiras, objetivando o transporte de mercadorias e passageiros.

Há de se notar que ainda hoje o Lloyd Brasileiro se faz presente em Canavieiras, não através de seus navios, mas através da ponte que leva ao seu nome e que é uma das Sete Maravilhas da cidade. Já a Ponte da Bahiana, feita de madeira e onde atracava os navios da Companhia Baiana de Navegação, foi destruída para a construção de um pier de concreto armado quando da revitalização do Centro Histórico de Canavieiras.

A estiva, no Porto Grande, em Canavieiras, era tão intensa que comportava inúmeros trabalhadores, que eram representados, profissionalmente, pelo Sindicato dos Trabalhadores na Estiva do Porto de Canavieiras, localizado na Rua da Jaqueira. Hoje o sindicato não existe mais e em ruínas está o prédio onde ele estava instalado.  


Navio 2 de Julho da Companhia de Navegação 
Bahiana,   Logo   Depois  de  sua   Chegada  da 
Alemanha em 1938




Um comentário:

  1. Realmente é uma pena o Brasileiro, e em especial , o Baiano, ter memoria curta e não dar importância ao Passado. por isso sofremos na Politica , na Educação e no Progresso. Estamos sem referencias na História. no que depender de mim, Anderson "Arara" Dórea, o Pier será reconstruído e a Ponte do Lloyd também reviverá sua Gloria contada em fotos e narrativas históricas.

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