Antônio Salustiano Viana nasceu em Cachoeira-BA, no dia 15 de setembro de 1857, filho de Antônio Salustiano do Nascimento Viana e de Maria Luiza de Guimarães Viana. Estudou na Faculdade de Medicina da Bahia onde se formou em 08 de dezembro de 1881.
Em 17 de fevereiro de 1890, no governo estadual de Manoel Vitorino Pereira, foi nomeado primeiro intendente municipal de Canavieiras e permaneceu no cargo até 1892. Depois foi eleito para os períodos de 1893-1896, 1897-1900 e 1904-1907. Também foi eleito deputado estadual.
Foi um dos fundadores da Loja Maçônica União e Caridade, escreveu uma manografia sobre o município de Canavieiras, construiu o prédio da intendência municipal (prefeitura) e Cadeia Pública Municipal (atual biblioteca).
Por problemas de saúde, que padeceria por 18 anos, afastou-se da vida pública, vindo a falecer em 30 de dezembro de 1930, aos 73 anos, deixando a viúva Etelvina da Silva Pinto Viana, quatro filhos e vários netos.
Augusto Luiz de Carvalho nasceu em Canavieiras-BA, no dia 29 de setembro de 1850, filho do português Antônio Luiz de Carvalho e Antônia do Espírito Santo Carvalho. Coronel da Guarda Nacional, foi também presidente da Câmara Municipal no Império, do Conselho Municipal na República Velha e intendente municipal duas vezes: 1900-1903 e 1908-1910.
Neste período, construiu o Cemitério Público (1892), o primeiro matadouro municipal, além de estradas e pontes. Do seu casamento com Sofia Lopes de Carvalho, foi pai de Alicio e Aurélio Lopes de Carvalho. Faleceu no dia 5 de setembro de 1914 aos 64 anos.
João Marques de Souza nasceu em São Francisco do Conde-BA, em 24 de junho de 1879, filho de Tibúrcio Marques de Souza e Maria Domitilia Borges Marques de Souza. Engenheiro agrônomo formado em 1901, veio para Canavieiras em 1902, como auxiliar da Delegacia de Terras e Minas.
Em Canavieiras casou-se com Isaura Cardoso Marques. Foi conselheiro municipal, vereador e intendente municipal de 1910 a 1912, interinamente, com o afastamento do Coronel Augusto Luiz de Carvalho por motivo de doença e, de 1924 a 1925, como intendente nomeado.
Presidente do Partido Democrático de Canavieiras (PDC) e da União Democrática Nacional (UDN), foi também provedor da Santa Casa de Misericórdia e delegado de terras.
Faleceu no dia primeiro de janeiro de 1948.
João de Deus Ramos nasceu em 1872, possivelmente em Salvador, filho de Joaquim José Ramos. Após a formatura em engenharia veio para Canavieiras onde se dedicou à agricultura. Do seu casamento com Catarina Veloso Ramos, foi pai de João, Maria Alzina, Manoel e Joaquim Veloso Ramos, do casamento com Almira Gomes Ramos foi pai de Edson, Edna, Jaime e José Gomes Ramos.
Além de intendente municipal (1912-1915 e 1920-1920), foi também deputado estadual em duas legislaturas, chegando a presidente da Assembeia Legislativa e, nessa condição, a governador do Estado interino, por alguns dias.
Era um homem poderoso no seu tempo, inclusive com polícia particular (os clavinoteiros). Um dos grandes momentos de sua vida, foi na enchente de 1914, quando abrigou em sua fazenda mais de 400 pessoas desabrigadas.
Wulter Pereira de Castro nasceu em Lençois-BA em 1855, filho de Antônio Teixeira de Castro. Embora de pequena escolaridade, era arguto e inteligente. Veio para Canavieiras como dentista prático ambulante. Do seu casamento com Macrina Maria de Castro (1870-1971), foi de João Alfredo e Eujassom de Castro. Como membro do Conselho Municipal, exerceu sua presidência por várias vezes e, posteriormente, a Intendência Municipal (1916-1917).
Coronel da Guarda Nacional, desfrutava de prestígio e popularidade. Faleceu no dia 14 de julho de 1952.
Romero Estelita Cavalcanti Pessoa nasceu por volta de 1890 e não era canavieirense. Foi nomeado intendente municipal de Canavieiras (1917-1918) em meio a turbulência política e permaneceu no cargo por um período de apenas oito meses. Nesse período restaurou as finanças do município, o prédio da intendência municipal, fundou o Jornal Oficial e iniciou as obras do Cais do Porto e da Praça Doutor Eduardo Campos, mas sua derrota na renovação do conselho o levou a renunciar em 1918.
Faleceu em 1984.
Joaquim Dias da Costa Junior bacharel em direito, foi nomeado intendente municipal de Canavieiras (1918-1920) pelo governo do estado numa época em que mandavam e desmandavam os "Arigofes", grupo armado de clavinoteiros a serviço dos coronéis.
José Mário Ramos, também filho de Joaquim José Ramos e irmão do Dr. João Ramos, assumiu interinamente a Intendência Municipal por alguns dias em 1920.
João Ribeiro Vargens nasceu em Canavieiras em primeiro de junho de 1880, filho de João Elias Ribeiro e Carolina Ribeiro. Formado em medicina, voltou a Canavieiras, mas se dedicou à lavoura de cacau.
Do seu casamento com a professora Luiza Edyale da Costa Vargens, foi pai de Olímpio Baldoíno (engenheiro), João Elias (médico) e José Maria da Costa Vargens, advogado e professor universitário.
Em 1916, organizou o Partido Progressista e fundou o jornal "O Progressista" para fazer frente ao "status quo" da política municipal. Em 1920, foi nomeado intendente municipal e logo a seguir eleito para o período de 1920 a 1923, período em que restaurou as finanças municipais e moralizou a política.
Augusto Peltier nasceu em Canavieiras. Foi eleito intendente municipal em 1923, mas a eleição foi anulada alguns meses depois.
José Gomes Frazão de Araújo nasceu em Portugal, em finais do Século XIX, na Vila Nova de Famalicão, distrito de Braga, situada ao norte do país. Ainda jovem veio para o Brasil, radicando-se em Canavieiras, por volta de 1905, onde viveu por um período de mais de 30 anos.
Aqui desenvolveu atividades agrícolas e participou ativamente da política local, vindo a ser intendente interino num período compreendido entre 1923 e 1924, na vaga deixada por Augusto Peltier. Também adquiriu patente de Tenente-Coronel comandante da Guarda Nacional, inscrito no 1º Batalhão de Infantaria no Estado da Bahia, segundo consta do Diário Oficial da União de 11 de fevereiro de 1909.
Já viúvo, numa viagem que fez a Portugal, sua terra natal, veio a falecer vítima de acidente de carro no dia 24 de março de 1935.
Francisco Arnulfo Muniz Barreto nasceu em Canavieiras no dia 15 de dezembro de 1891, filho do Coronel Cassimiro Muniz Barreto e Maria Clara Badaró Barreto. Estudou na Faculdade de Direito da Bahia, onde bacharelou-se.
Em Canavieiras, por algum tempo foi diretor do jornal "O Progressista". Em 1925 foi eleito intendente municipal para o período de 1926 a 1927.
Faleceu em 6 de agosto de 1980.
Francisco Mangieri nasceu em Canavieiras, filho do comerciante de origem italiana José Mangieri e Francisca Mangieri. Dedicou-se também ao comércio e foi eleito intendente municipal para o período de 1928-1930, sendo deposto pela revolução de 1930.
Em seu governo aconteceu o Dia de São Bartolomeu na história de Canavieiras, o grande tiroteio de 24 de agosto de 1930 entre grupos conservadores e os ditos progressistas.