sábado, 18 de julho de 2020

As Ruínas do Farol da Barra do Rio Pardo em Canavieiras

Ruínas do Antigo Farol da Barra do Rio Pardo em
Canavieirasem 1996  - Foto garimpada na Internet


Quando Canavieiras era um grande porto que recebia navios oriundos de todo o Brasil e até de muitos portos do exterior, foi necessário que a entrada da barra da foz do Rio Pardo fosse sinalizada para que os navios pudessem se orientar e encontrar a entrada do porto com mais facilidade, já que naqueles tempos ainda não existia o sinal de GPS, tão útil nos dias de hoje.

Depois que o porto de Canavieiras deixou de receber os navios que iam ser carregados com  milhares de sacas de cacau, o farol deixou de ter utilidade e foi abandonado e, sem manutenção ficou em ruínas e com o passar dos anos veio a desmoronar, ficando apenas a sua base que era feito de um material mais resistente.

Além de servir de guia para os navios, o farol da entrada da barra da foz do Rio Pardo também serviu de guia para os aviões, tanto assim. que um avião militar norte-americano que partiu do aeroporto militar de Caravelas, durante a Segunda Guerra Mundial, com destino ao aeroporto militar do nordeste, depois de apresentar falhas técnicas próximo à Canavieiras, alertou que precisava aterrisar no aeroporto da cidade. No entanto, o aeroporto de Canavieiras não tinha iluminação para pousos noturnos e, por isso foi pedido à população que acendesse velas e lampiões para que a pista ficasse visível, porém como a iluminação era muito tênue e com pouca visibilidade, o piloto preferiu pousar na Praia da Costa, na Ilha de Atalaia, tendo como referência o farol da barra do Rio Pardo. O pouso foi perfeito, ninguém morreu, mas o avião, por falta de meios de ser retirado do local, foi dinamitado, ficando algumas de suas peças no local até os nossos dias.

É uma pena que o farol ainda não esteja no local servindo como uma atração turística, mas o tempo passa e tudo tem um fim, e tem um fim mais rápido quando não há manutenção e conservação das edificações, principalmente àquelas que ficam próximas ao mar.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Complexo da Rua do Mangue: De Usina de Energia Elétrica de Canavieiras à Igreja Evangélica e INSS


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica da
 Rua do Mangue - Década de Setenta do Século XX
 - Canavieiras-BA


Canavieiras como toda outra cidade sofre e está sofrendo transformações através do tempo e, prova disto é o antigo complexo da Usina de Energia Elétrica da Rua do Mangue, a primeira e única usina de geração de energia elétrica que Canavieiras já teve.

Quando de sua inauguração, houve festas com a presença de políticos e a população em geral, todois acewditando que Canavieiras teria energia elétrica o dia todo para que todos suprissem as suas necessidades. Ledo engano, a energia era ligada às seis horas da tarde e desligada às dez da noite, depois de dar três avisos, em forma de piscadelas, que todos reconheciam que já estava chegando a hora e assim, procuravam uma vela ou um lampião para não ficar sem luz. 

Prédio onde funcionou a  Usina de  Energia  Elétrica 
 da  Rua  do Mangue  e  onde  hoje  funciona o INSS,
provavelmente  na  décadade Noventa do Século XX
quando em ruínas - Canavieiras-BA



A usina funcionou durante algumas décadas fornecendo energia e luz para que a população obtivesse algum conforto, mas, mesmo assim, o serviço era ruim, pois mesmo tendo luz, era impossível ter uma geladeira movida a energia elétrica, já que o fornecimento não era contínuo.


Ela continuou a funcionar até que a energia da Usina do Funil chegasse a Canavieiras através dos cabos de alta tensão que estavam sendo implntados para tal fim. Assim, quando a energia da Usina do Funil chegou a Canavieiras, foi o fim  do complexo da Usina de Energia Elétrica da Rua do Mangue, que assim deixou de funcionar.    


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica
 de Canavieiras,  agora  transformado em  Clube
 Recreativo    Baba   Organizado  e  Agência  do
INSS - Canavieiras-BA


Depois que a usina de energia elétrica parou de funcionar, as suas instalações começaram a se deteriorar, ficando os prédios em uma situação lamentável, caindo em pedaços e cheio de infiltrações. Ficou assim durante, muito tempo, até que finalmente a eles foram dados uma destinação.

O prédio principal da usina foi transformado em uma agência do INSS e o menor foi destinado a ser a sede do Clube Recreatico Baba Organizado. Algum tempo depois o Baba Organizado deixou suas acomodações e foi a vaz da Igreja Evangélica Pedras Vivasse instalar no local.


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica
da Rua do Mangueatualmente transformado em
 Igreja Evangélica e Agência do INSS
 - Canavieiras-BA


quinta-feira, 16 de julho de 2020

Rio Cipó, Um dos Rios que Formam a Ilha de Canavieiras

Banco de Areia no Rio Cipó, um dos rios que formam
 a Ilha deCanavieiras - Foto garimpada da internet



O Rio Cipó, juntamente com os rios Pardo e Patipe  é um dos rios que formam a Ilha de Canavieiras, onde está localizada a cidade também chamada de Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, a cidade que tem o Cais do Porto do tempo dos coronéis do cacau ainda intocado, mostrando para o mundo a sua simplicidade e beleza.

O Rio Cipó é calmo e tranquilo e está, sempre que a maré está baixa ou o rio não está com enchente, repleto de bancos de areia e coberto por uma planta aquática chamada cientificamente de "Eichhornia crassipes", mas conhecida popularmente como gigoga, aguapé ou baroneza, que florece com uma lindíssima flor com tonalidades lilás.

Quem chega à Canavieiras através da BR-101 ou pela BA-001, vindo de Ilhéus, obrigatoriamente tem que atravessar a ponte sobre o Rio Cipó e, assim, poderá dar uma paradinha para apreciar a beleza deste rio que emoldura Canavieiras. 



quarta-feira, 15 de julho de 2020

Um Selo do Século XIX com o Carimbo dos Correios de Canavieiras

Selo  Postal  do Século  XIX  com  o
Carimbo dos Correios de Canavieiras


Este selo denominado Cruzeiro do Sul, emitido no ano de 1890, com o valor de 300 réis e sobretaxado com o valor de 500 réis em 1899, circulou pelos Correios de Canavieiras e foi postado em alguma carta remetida por alguém que estava no momento na cidade, não importando se fosse morador ou não.

Canavieiras, no Século XIX, já era uma cidade importante na Bahia e, por isso já tinha a sua agência de correios funcionando para atender a sua população, o que era muita coisa, já que muitas cidades de maior porte não a possuiam, mas Canavieiras era rica e, com o seu dinheiro podia comprar tudo, até uma agência de correios, já que nessa época, no final do Século XIX, Canavieiras possuia cacau e diamantes e, por isso dinheiro não faltava.

Não é fácil encontrar um selo carimbado no Século XIX por uma agência do porte da de Canavieiras que, na época era uma cidade que possuia uma população menor que cinco mil habitantes, mas enfim, um selo foi encontrado e foi um achado genial.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Canavieiras a Cidade das Duas Filarmônicas

Philarmônica Lyra do Commércio fundada
 em 1º de maio  de1894 em Canavieiras-BA 


Geralmente uma cidade possui apenas uma filarmônica para representá-la, no entanto Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, possui duas: a Philarmônica  Lyra da Comércio, fundada em 1º de maio de 1894 por Bernardino de Lyro Barbosa e a Filarmônica Grupo Musical 2 de Janeiro, fundada em 2 de janeiro de 1930, portanto, 35 anos após a fundação da Lyra do Commércio. Houve um tempo em que Canavieiras possuia três filarmônicas, sendo a terceira, hoje já extinta, denominada popularmente como Medeia.

É uma honra para Canavieiras possuir duas filarmônicas para representar Canavieiras e também para desfilar pelas ruas da cidade nas ocasiões especiais, já que elas representam o sentimento de todos os canavieirenses, moradores ou não da cidade.

Na alta temporada de verão, quando a cidade está repleta de turistas, a Philarmônica Lyra do Commércio fica a tocar no Cais do Porto para que todos apreciem as suas snotas musicais, tão diferentes, que vale a pena ficar a ouvir seus sobs às margens do Rio Pardo.


Filarmônia 2 de Janeiro fundada em 2
 deJaneiro de 1930 em Canavieiras-BA


segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Grande Campanha Patrocinada Pelo Jornal Tabu Contra a Resex de Canavieiras

Contra a Resex - Tabu - Edição da Primeira
Quinzena  de  Agosto de 2006  -  Página 6 -
Canavieiras-BA



Durate um longo período, na primeira década do Século XX, o jornal Tabu de Canavieiras patrocinou uma infeliz campanha contra a implantação da Resex, quando, no mundo, as pessoas mais bem informadas já pensavam de maneira diferente, dando preferência a um desenvolvimento levando em conta a preservação ambiental e a sustentabilidade.

É claro que o jornal fazia esta campanha seguindo um direcionamento determinado por uma pessoa ou grupos que se sentiram prejudicados com a implantação da Reserva Extrativista de Canavieiras e o jornal, ao invés de esclarecer a população sobre os benefícios da reserva, preferiu seguir fazendo a campanha contra a sua implantação.

A parte humilde e menos escolarizada das pessoas e aquelas que, mesmo escolarizadas, se deixavam levar por falta de conhecimentos ou aquelas que, apenas por mera diversão ou não ter o que fazer em uma cidade pequena, seguiram o caminho da boiada e serviram de massa de manobra para os fins nada ecológicos dos mais espertos e que teriam muito a ganhar, participando de passeatas e servindo a uma causa nada nobre.

Durante as manifestações tudo foi programado por poucas pessoas, aquelas que teriam grandes lucros se a Resex não fosse implantada, prova disso foi a farta distribuição de camisetas, todas iguais de um mesmo fabricante e as tabuletas que muitos carregavam com os mesmos dizeres e formatos e toda a organização necessária para que tais eventos acontecessem.

Os jornais, quase sempre e na maioria absoluta das vezes, só se enganjam em campanhas éticas, o que não aconteceu na campanha patrocinada pelo jornal Tabu, então podemos pensar que deveria estar em jogo coisas que nem suspeitávamos estivessem sendo postas na mesa, o que é muito lamentável.

Para a maioria da população da cidade, a implantação ou não da Resex não faria a menor diferença, então porque participaram vestindo camisetas e segurando cartazes conta a sua implantação? Muitos participaram apenas para ganhar a camiseta de graça que serviria vestimenta durante o restante do ano, outras participaram em troca de algum favor e outras por não ter o que fazer. Então todos serviram de massa de manobra para alguns interesses econômicos que nem chegaram a saber quais eram.

Hoje em dia, com a Resex implantada, a cidade é mais feliz com o seu envoltório verde e com as aves voando pela cidade para a admiração de todos. O manguezais continuam preservados dando muito caranguejo que viram apetitosos pratos na Festa do Caranguejo que é realizada anualmente na cidade.

Refletiram como foi bom que a Resex fosse implantada? Tudo o mais agora apenas faz parte da história da cidade e a lição de que não devemos fzer parte de campanhas antiéticas, messmo se for patrocinada pelo único jornal da cidade. 

Contra a Resex - Tabu - Edição da Primeira
 Quinzena deSetembro 2008 - Página 2 -
Canavieiras-BA
















domingo, 12 de julho de 2020

A Família Magnavita nas Lentes de Teophilo Mourranhy, o Fotógrafo de Canavieiras

Teophilo Mourranhy foi um fotógrafo que viveu em Canavieiras em um período histórico no qual a fotografia não estava  disponível para a maior parte da população, pois era difícil e complicado fotografar as cenas mais corriqueiras e, para que isso fosse feito, era necessário um profissional competente e que tivesse tino para observar e retratar os fatos que realmente pudessem servir para contar a história da cidade para as gerações futuras e, nisso, Teophilo Mourranhy, exerceu com perfeição a sua profissão.

Teophilo Mourranhy também retratava as famílias e grupos de pessoas e, entre estas famílias, estava a Magnavita, que foi retratada em diversas ocasiões e, assim, pôde ficar para a posteridade algumas cenas com essa família que passamos a divulgar:    



Membros da Família Magnavita - Ramo de
Canavieiras -  Fotode Teophilo Mourranhy



Crianças da Família Magnavita -
Ramo de  Canavieiras  -  Foto de
 Teophilo Mourranhy



Família Magnavita - Ramo de Canavieiras - Início do 
Século XX- Foto de Teophilo Mourranhy 



Francisco Magnavita (Chichilo) - Presidente do PTB
 organiza  festa para receber JK e Jango em junho de
 1954 - PhilarmônicaLyra do Commércio em frente a
sua  sede  na Praça  da  Bandeira  -  Foto de Teophilo
Mourranhy