quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ilhéus, um Exemplo a Não Ser Seguido por Canavieiras

A Estátua de Sapho em Ilhéus Emoldurada por Belos
 Casarios  Antigos  na  Primeira  Metade  do  Século 
Passado - Foto de Autor Desconhecido


Em Ilhéus, na Praça J.J.Seabra, nada mais é como antigamente, só sobrou a estátua de Sapho e o Prédio da Prefeitura. O belo casario que existia no século passado não existe mais, foi tudo destruído em nome do progresso. Mas não houve progresso, o que houve foi uma catástrofe com a memória da cidade.

Na primeira metade do século passado Ilhéus era uma cidade cativante, com uma arquitetura típica da fase áurea do cacau, como em quase todo o sul da Bahia. A cidade era bonita, cheia de jardins, se embelezava com estátuas e outros monumentos, tais como a estátua de Sapho, toda em mármore de Carrara, comprada pelo Intendente Mário Pessoa em 1924, em um leilão ocorrido em um navio. Entre as várias estátuas existentes ele escolheu a de Sapho, não pelo o que ela representava, mas pela sua beleza.

Em toda cidade civilizada, o passado é preservado, principalmente quando o passado merece ser preservado. Em Ilhéus as belas construções mereciam ser preservadas, mas não foram.

Imagine Roma demolindo o Coliseu porque é uma ruína antiga sem serventia nenhuma. Atenas demolindo o Partenon pelo o mesmo motivo. Paris demolindo o Arco do Triunfo porque está no meio da praça atravancando o trânsito. Não podemos nem imaginar isto ocorrendo. Mas ocorreu e ainda está ocorrendo em Ilhéus, inclusive quando reformaram o teatro próximo à Catedral, que o deixaram muito longe de suas características originais.

Canavieiras, ainda com muitos monumentos arquitetônicos preservados, não deve seguir o exemplo de Ilhéus, que não soube preservar o seu passado  para iluminar o seu futuro.


A Estátua de Sapho, nos Dias Atuais, sem a Moldura
 dos 
Belos Edifícios que a Embelezavam

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