quinta-feira, 26 de novembro de 2020

As Onças nas Matas e Fazendas de Cacau de Canavieiras

Onça-pintada abatida em 1940 na Região de 
Humaitá, zona rural de Canavieiras-BA 


Canavieiras, na década de quarenta do século XX, ainda era uma região onde as onças andavam de forma abundante pelas matas, mas infelizmente, elas eram caçadas sem piedade pelos habitantes da zona rural e eram carregadas como troféus pelas ruas da cidade, como se fossem uma peça que deveria ser exibida para que todos ficassem cientes da coragem de que a tinha caçado.

A quantidade de onças que haviam nas matas e nas regiões produtoras de cacau do município era muito grande, tanto assim que histórias de pegadas de onças na região eram frequentemente contadas mas, hoje em dia, encontrar uma onça na zona rural de Canavieiras é como se achar uma agulha em um palheiro, já que, de tão raras, é quase impossível encontrá-las.

Hoje em dia é crime ambiental matar ou caçar animais silvestres da fauna brasileira, mas infelizmente as onças já estão quase extintas, principalmente no sul da Bahia, onde a caça foi predatória e danosa para para o meio-ambiente.





terça-feira, 24 de novembro de 2020

O Emporcalhamento da Cidade de Canavieiras nas Antigas Eleições

 

"Otoniel" e "Otoniel Certeza de Progresso" na fachada
da Antiga Usina de Eletricidade da Rua do Mangue - 
Canavieiras-BA


Canavieiras, uma cidade cheia de histórias do tempo dos coronéis do cacau, foi também uma cidade que ficava toda emporcalhada quando haviam eleições, principalmente quando envolviam candidatos aos cargos eletivos da prefeitura e da Câmara dos Vereadores.

Nestas ocasiões a cidade ficava muito suja e com uma aparência nada agradável, já que quase todas as paredes e muros da cidade ficavam cobertos de pichações e cartazes mostrando o rosto dos candidatos. 


Prédio Histórico  com   propagandas  eleitorais coladas
na fachada - Praça da Cesta - Década de 90 do Século
 XX - Canavieiras-BA


Geralmente as pichações nas paredes vinham acompanhadas de frases ou mensagens que enalteciam a conduta do candidato ou enumerava o que já tinha feito ou o que iria fazer se fosse eleito.

É claro que quase na totalidade das vezes eram tudo mentiras e engodos para enganar o eleitor e conseguir se eleger para poder alcançar os seus objetivos que, na maioria das vezes não poderiam ser revelados.



"Para Prefeito Almir" em fachada de prédio do Centro
Histórico - Canavieiras-BA


Ainda bem que esta prática foi proibida pela Justiça Eleitoral mas, mesmo assim, alguns candidatos recalcitrantes, que não prezam pela cidade onde moram, ainda continuam a fazer mal à cidade, emporcalhando-a.

Esperamos que, em futuro próximo esses candidatos que sujam a cidade sejam proibidos de se candidatarem para que a nossa cidade continue linda e bela, preparada para receber os turistas com todo o seu esplendor e que seja, para sempre, a Princesinha da Costa do Cacau.


"José Braga nº 14.610" do PTB em pichação em antigo
 prédio do Centro Histórico - Canavieiras-BA 



quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Algumas Crianças de Canavieiras na Primeira Metade do Século XX




Claudenice Baptista Mello em 
28-02-1947  com  3  anos  - 
Canavieiras-BA
 

Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, a mais linda e conservada cidade do do tempo dos antigos coronéis do cacau, no sul do Estado da Bahia, ainda se lembra de suas crianças da primeira metade do Século XX, quando a cidade ainda tinha muito dinheiro e comandava a política do sul do estado e influenciava os governantes que se instalavam em Salvador, tudo isso pelo simples poder do dinheiro.

Isis em 26-04-1948 - Canavieiras-BA


Hoje, depois de tantos anos, a cidade de Canavieiras se modificou e se transformou, vivendo, atualmente, mais com o dinheiro do turismo, do que com o dinheiro proveniente da cultura do cacau e, essas crianças, com o passar do tempo, talvez tenham crescido e se tornado pessoas que tenham influenciado, de alguna forma, a vida da cidade ou talvez, tenham partido para outras paragens.



Sidney Souza Magnavita em 1943
 - Canavieiras-BA 








terça-feira, 29 de setembro de 2020

Conservando a Memória de Canavieiras VI - O Mais Antigo Açougue Municipal da Cidade




Primeiro Açougue Municipal de Canavieiras -
 1900  -  Praça João Pessoa  -  Atual Praça do 
Cacau  -  Foto Original  - Autor Desconhecido


Primeiro Acougue Municipal de Canavieiras -
1900  -  Praça João Pessoa  -  Atual Praça do
Cacau - Foto Restaurada por Regis Silbar



Primeiro Açougue Municipal de Canavieiras -
1900  -  Praça João Pessoa  -  Atual Praça do
Cacau  -  Foto Restaurada  e  Colorizada por
Regis Silbar

sábado, 29 de agosto de 2020

Eu Amo Canavieiras

Painel com o nome Canavieiras na entrada do 
entrocamento  que  leva  à   cidade  -  Foto de 
Regis Silbar 


Canavieiras merecia que houvesse em seu centro urbano um painel bem bonito e charmoso, com o nome da cidade e uns dizeres bem típicos para as pessoas que amam a cidade, como por exemplo "EU AMO CANAVIEIRAS", que poderia ficar em um local de fácil acesso e bem visível  para todos que visitassem a cidade. Um local ideal seria o Cais do Porto, naquela grande área de pararelepípedos, bem em frente ao Rio Pardo, que fica no lado direito da Rua do Brejo, no Centro Histórico.

Painel com o nome Canavieiras em frente à 
Rodoviária da cidade - Foto de Regis Silbar


É claro que todos que vinhessem conhecer a cidade iriam tirar uma foto em frente ao painel com os dizeres "EU AMO CANAVIEIRAS" para guardar de recordação e também para mostrar aos seus amigos e parentes, além do mais, todos saberiam, sem perguntgar, onde as fotos foram tiradas e, talvez, pelo nome ficar na memória, tivessem vontande de conhecê-la. 

Em Canasvieiras, um bairro de Florianópolis,  quase xará de Canavieiras, há um painel "Eu Amo Canasvieiras", onde todos fazem uma foto quando vão visitar o famoso bairro do norte da Ilha da Magia. 

Painel  "Eu Amo Canasvieiras"  no Bairro do mesmo
 nome, no norte da Ilha da Magia, em Florianópolis - 
Foto de Regis Silbar


sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Porque a Igreja Presbiteriana de Canavieiras Não Tem Uma Cruz em Sua Torre

Igreja Presbiteriana de Canavieiras
Igreja Presbiteriana de Canavieiras sem uma
cruz  no alto  de sua torre - Canavieiras-BA -
 Foto de Regis Silbar 

Há um tempo atrás entrei em contato com a Igreja Presbiteriana de Canavieiras, através de email endereçado ao reverendo, para perguntar porque nessa igreja não existia uma cruz no alto de sua torre, já que uma grande maioria das igrejas presbiterianas a usam em sua fachada ou no alto da torre, se houver torre na igreja.

A minha indagação ficou sem resposta, talvez por desconhecerem que igrejas presbiterianas em outras regiões do Brasil a usam e, por isso, a minha indagação talvez tenha sido interpretada como de mau gosto, mas não era, pois era apenas para saber sobre a ausência deste símbolo cristão no alto de sua torre.

A minha dúvida, como também a de muitas outras pessoas, continuou até que tive a iniciativa de escrever para a Igreja Presbiteriana Central de Itajaí onde também pude expor a minha dúvida e da mesma obtive uma resposta com brevidade.

Abaixo transcrevo o meu email e a resposta dada pela igreja, pois acho importante que todas as péssoas saibam, independentemente de serem presbiterianas ou não, o motivo de existir uma cruz ou não na fachada ou na torre de uma igreja presbiteriana.


  1. Igrejas Presbiterianas catarinenses costumam colocar uma cruz no alto de sua fachada frontal, enquanto outras igrejas presbiterianas em outros lugares do Brasil não a colocam. Por que esta diferenciação entre elas quanto ao uso da cruz? depende de cada pastor quando da construção da igreja ou há alguma regra?

    regissilbar

    ResponderExcluir

  2. Olá, meu amigo! Primeiramente perdão por demorar respondê-lo...

    Bem.. essa questão da cruz na arquitetura de templos presbiterianos não possui uma regra. Geralmente, isso está vinculado aos próprios costumes da comunidade local ou da região.

    Nossa igreja, por exemplo, possui cruzes na torre e uma no interior do templo. As outras igrejas presbiterianas de nossa cidade seguem o mesmo modelo. Em Goiás, as cidades do interior costumam ser mais tradicionais no tocante à arquitetura. Em Goiânia, por exemplo, já não é costume ver igrejas presbiterianas com torres, cruz e etc.. existem algumas, mas não é comum.

    Segundo a tradição presbiteriana, é conivente colocar cruzes nos templos mas, na prática, isso varia de comunidade local para comunidade local.

    Espero ter respondido sua dúvida. Qualquer coisa, estou aberto a mais perguntas ou a ser mais específico.

    Abraços em Cristo.

    Att,
    Christofer Cruz
    Secretário

  3.           Responder



quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Antigas Bandas Escolares de Canavieiras

 Componentes da Banda Marcial do CEOB
 - 27-09-1963 - Canavieiras-BA


Canavieiras é uma cidade com características típicas de uma cidade do interior e,  devido a isso, cada escola tem a sua banda marcial que desfila em dias festivos pelas ruas da cidade, sempre observadas pelos moradores, já que na cidade não tem muito o que se apreciar durante boa parte do ano.

Quando os alunos de uma escola desfilam, devidamente paramentados com os seus uniformes de gala, ao som da música de uma banda marcial, o som da música da banda marcial é ouvida por toda a cidade, pois na maioria das vezes a calmaria e o silêncio permanecem como rotina em todos os cantos da cidade.

Banda  Marcial de Escoteiros para o desfile dos alunos
 da Escola do  Lions Clube  -  Década de  Cinquenta do 
Século XX - Canavieiras-BA



Em meados do século passado, essa bandas marciais tinham a missão de capitanear a atenção dos moradores para os desfiles, que às vezes eram bastantes surreais, com diversos alunos desfilando, em duas ou três filas indianas e nenhum espectador observando o desfile.

Mas, mesmo assim, as escolas desfilavam pelas ruas da cidade e, um dos motivos principais para os tais desfiles eram receber políticos que desembarcavam no Campo de Aviação para inaugurar alguma obra na cidade ou apenas para puxar o saco deles, sendo que as crianças eram obrigadas a participar do recebimento dos políticos sob pena de punição se não comparecessem.  

Banda Marcial do Educandário São Boaventura
 - a escola mais tradicional da cidade  -  Final da 
Década de Cinquenta do Século
XX - Canavieiras-BA

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Casas Comerciais de Canavieiras na Década de 1940



Casa Natal em uma esquina da Rua da Jaqueira 
no ano de 1948 - Canavieiras-BA


Canavieiras, na década de quarenta do século passado, já tinha um comércio bastante diversificado, com muitas lojas que vendiam os mais variados artigos, inclusive artigos importados, pois os coronéis do cacau exigiam artigos sofisticados de primeira qualidade, pois dinheiro não faltava para comprá-los.

Além disto, Canavieiras era o centro de toda uma região que se estendia até o interior de Minas Gerais e precisava de lojas para que todos os clientes, que vinham dos lugares mais distantes fossem atendidos e saissem satisfeitos.
Em 1948 a Casa Carioca vendia calçados, 
chapéus roupas  feitas  e ficava na Rua 
Treze em Canavieiras


Na década de quarenta do século passado, o comércio era concentrado no Cais do Porto, pois era no porto que a vida da cidade de desenvolvia e era por ali que ela se comunicava com o resto do mundo e recebia as mercadorias que preciava e exportava o que o mundo queria: o precioso cacau que era plantado às margens do Rio Pardo.

Tudo o mais era festa, os clientes procuravam as lojas e as lojas vendiam e tudo seguia no seu ritmo normal e o mais importante era que nas lojas de Canavieiras se encontrava de tudo e a variedade era muito grande, inclusive o mais refinado café que agradava a todos pelo o seu sabor, aroma e delicadeza.

Casa de venda de cafés em 1946 - A variedade
 de cafés  era  grande  e  os  freguezes  sempre  
ficavam satisfeitos - Canavieiras-BA













quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Identificação de Um Lugar do Passado em Canavieiras


Dois  supostos  atletas  fotografados  em  uma  rua  de
Canavieirasem que todos os prédios foram demolidos,
 portando um lugarde difícil identificação 



Esta fotografia, embora tendo sido feita em Canavieiras, a mais rica cidade do Estado da Bahia nos tempos áureos do cacau, foi muito difícil de identificar em que lugar ela foi feita, pois não havia nenhuma pista para visualizar o seu local exato, pois a cidade se modifica e se transforma através dos tempos, às vezes para melhor, às vezes para pior.

Demorei muito tempo, ou melhor, muito anos para saber onde ela tinha sido feita, mas finalmente descobrir, em um golpe de sorte, usando apenas a memória residual de minha mente.

Construção do  Cais do  Porto no  Rio Pardo   -  
Canavieiras-BA  - Com os mesmos casarões da
 foto anterior ao fundo, embora hojestejam todos
 eles demolidos, inclusive os belos palacetes


Ao passar por uma fotografia antiga que documentava a construção do Cais do Porto, na margem do Rio Pardo em que está estabelecida a cidade, verifiquei, com surpresa as construções que há muito tempo estava procurando e não conseguia achar andando pelas ruas da cidade.

Ora, não conseguia achar por um motivo mais do que óbvio, todas as casas que constavam nas fotos foram demolidas e, por isso, era impossível encontrá-las, mesmo as procurando com o maior cuidado.

Este  é  o  local  onde  estava  situado  os  casarões  que 
aparecem na primeira e segunda foto,  hoje demolidos e, 
em seu lugar, foramconstruídas casas populares humildes
  que,  em nada lembram asantigas e belas construções.



Finalmente, pude descobrir que a primeira foto postada foi tirada na Praça da Bandeira, esquina com com  o Cais do Porto, na continuação da Rua Rosalvo da Silva Freire, provavelmente na década de 1930 ou 1940, antes, portanto, da construção do armazém onde eram guardados as sacas de cacau para exportação e também da construção do antigo Hotel do Porto, em frente à Ponte do Lloyd.

Mas, se observarmos a foto com melhor cuidado, podemos afirmar que o fotógrafo estava plantado no terreno onde hoje está situado o antigo Hotel do Porto e, os fotografados a meio caminho entre o terreno do hotel e os belos casarões hoje demolidos.

Lugar onde os dois rapazes foram fotografados: o
 retângulo azul-anil indica o lugar onde estavam os
 casarões  que  foram  demolidos,  o círculo da  cor 
azul-anil indica a posição do fotógrafo. Os rapazes 
estavam  entre  o círculo  e o retângulo - Mapa de
parte do CentroHistórico de Canavieiras-BA











quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Conservando a Memória de Canavieiras V - Antigo Distrito da Vila de Jacarandá




Vila de Jacarandá -  Antigo Distrito de Canavieiras
 - Data Provável: Década de  20 ou 30  do  Século
 XX  -  Foto original  corroída  pelo t empo  -  Foto 
União Canavieiras



Vila de Jacarandá - Antigo Distrito de Canavieiras 
- Data Provável: Década de 20  ou 30  do  Século
 XX  -  Restaurada por Regi s Silbar - Foto União 
Canavieiras 



Vila de Jacarandá - Antigo Distrito de Canavieiras
 - Data Provável: Década de 20 ou 30 do Século XX 
 -  Restaurada e Colorizada por Regis Silbar - Foto
 União Canavieiras











sábado, 18 de julho de 2020

As Ruínas do Farol da Barra do Rio Pardo em Canavieiras

Ruínas do Antigo Farol da Barra do Rio Pardo em
Canavieirasem 1996  - Foto garimpada na Internet


Quando Canavieiras era um grande porto que recebia navios oriundos de todo o Brasil e até de muitos portos do exterior, foi necessário que a entrada da barra da foz do Rio Pardo fosse sinalizada para que os navios pudessem se orientar e encontrar a entrada do porto com mais facilidade, já que naqueles tempos ainda não existia o sinal de GPS, tão útil nos dias de hoje.

Depois que o porto de Canavieiras deixou de receber os navios que iam ser carregados com  milhares de sacas de cacau, o farol deixou de ter utilidade e foi abandonado e, sem manutenção ficou em ruínas e com o passar dos anos veio a desmoronar, ficando apenas a sua base que era feito de um material mais resistente.

Além de servir de guia para os navios, o farol da entrada da barra da foz do Rio Pardo também serviu de guia para os aviões, tanto assim. que um avião militar norte-americano que partiu do aeroporto militar de Caravelas, durante a Segunda Guerra Mundial, com destino ao aeroporto militar do nordeste, depois de apresentar falhas técnicas próximo à Canavieiras, alertou que precisava aterrisar no aeroporto da cidade. No entanto, o aeroporto de Canavieiras não tinha iluminação para pousos noturnos e, por isso foi pedido à população que acendesse velas e lampiões para que a pista ficasse visível, porém como a iluminação era muito tênue e com pouca visibilidade, o piloto preferiu pousar na Praia da Costa, na Ilha de Atalaia, tendo como referência o farol da barra do Rio Pardo. O pouso foi perfeito, ninguém morreu, mas o avião, por falta de meios de ser retirado do local, foi dinamitado, ficando algumas de suas peças no local até os nossos dias.

É uma pena que o farol ainda não esteja no local servindo como uma atração turística, mas o tempo passa e tudo tem um fim, e tem um fim mais rápido quando não há manutenção e conservação das edificações, principalmente àquelas que ficam próximas ao mar.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Complexo da Rua do Mangue: De Usina de Energia Elétrica de Canavieiras à Igreja Evangélica e INSS


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica da
 Rua do Mangue - Década de Setenta do Século XX
 - Canavieiras-BA


Canavieiras como toda outra cidade sofre e está sofrendo transformações através do tempo e, prova disto é o antigo complexo da Usina de Energia Elétrica da Rua do Mangue, a primeira e única usina de geração de energia elétrica que Canavieiras já teve.

Quando de sua inauguração, houve festas com a presença de políticos e a população em geral, todois acewditando que Canavieiras teria energia elétrica o dia todo para que todos suprissem as suas necessidades. Ledo engano, a energia era ligada às seis horas da tarde e desligada às dez da noite, depois de dar três avisos, em forma de piscadelas, que todos reconheciam que já estava chegando a hora e assim, procuravam uma vela ou um lampião para não ficar sem luz. 

Prédio onde funcionou a  Usina de  Energia  Elétrica 
 da  Rua  do Mangue  e  onde  hoje  funciona o INSS,
provavelmente  na  décadade Noventa do Século XX
quando em ruínas - Canavieiras-BA



A usina funcionou durante algumas décadas fornecendo energia e luz para que a população obtivesse algum conforto, mas, mesmo assim, o serviço era ruim, pois mesmo tendo luz, era impossível ter uma geladeira movida a energia elétrica, já que o fornecimento não era contínuo.


Ela continuou a funcionar até que a energia da Usina do Funil chegasse a Canavieiras através dos cabos de alta tensão que estavam sendo implntados para tal fim. Assim, quando a energia da Usina do Funil chegou a Canavieiras, foi o fim  do complexo da Usina de Energia Elétrica da Rua do Mangue, que assim deixou de funcionar.    


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica
 de Canavieiras,  agora  transformado em  Clube
 Recreativo    Baba   Organizado  e  Agência  do
INSS - Canavieiras-BA


Depois que a usina de energia elétrica parou de funcionar, as suas instalações começaram a se deteriorar, ficando os prédios em uma situação lamentável, caindo em pedaços e cheio de infiltrações. Ficou assim durante, muito tempo, até que finalmente a eles foram dados uma destinação.

O prédio principal da usina foi transformado em uma agência do INSS e o menor foi destinado a ser a sede do Clube Recreatico Baba Organizado. Algum tempo depois o Baba Organizado deixou suas acomodações e foi a vaz da Igreja Evangélica Pedras Vivasse instalar no local.


Antigo Complexo da Usina de Energia Elétrica
da Rua do Mangueatualmente transformado em
 Igreja Evangélica e Agência do INSS
 - Canavieiras-BA


quinta-feira, 16 de julho de 2020

Rio Cipó, Um dos Rios que Formam a Ilha de Canavieiras

Banco de Areia no Rio Cipó, um dos rios que formam
 a Ilha deCanavieiras - Foto garimpada da internet



O Rio Cipó, juntamente com os rios Pardo e Patipe  é um dos rios que formam a Ilha de Canavieiras, onde está localizada a cidade também chamada de Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, a cidade que tem o Cais do Porto do tempo dos coronéis do cacau ainda intocado, mostrando para o mundo a sua simplicidade e beleza.

O Rio Cipó é calmo e tranquilo e está, sempre que a maré está baixa ou o rio não está com enchente, repleto de bancos de areia e coberto por uma planta aquática chamada cientificamente de "Eichhornia crassipes", mas conhecida popularmente como gigoga, aguapé ou baroneza, que florece com uma lindíssima flor com tonalidades lilás.

Quem chega à Canavieiras através da BR-101 ou pela BA-001, vindo de Ilhéus, obrigatoriamente tem que atravessar a ponte sobre o Rio Cipó e, assim, poderá dar uma paradinha para apreciar a beleza deste rio que emoldura Canavieiras. 



quarta-feira, 15 de julho de 2020

Um Selo do Século XIX com o Carimbo dos Correios de Canavieiras

Selo  Postal  do Século  XIX  com  o
Carimbo dos Correios de Canavieiras


Este selo denominado Cruzeiro do Sul, emitido no ano de 1890, com o valor de 300 réis e sobretaxado com o valor de 500 réis em 1899, circulou pelos Correios de Canavieiras e foi postado em alguma carta remetida por alguém que estava no momento na cidade, não importando se fosse morador ou não.

Canavieiras, no Século XIX, já era uma cidade importante na Bahia e, por isso já tinha a sua agência de correios funcionando para atender a sua população, o que era muita coisa, já que muitas cidades de maior porte não a possuiam, mas Canavieiras era rica e, com o seu dinheiro podia comprar tudo, até uma agência de correios, já que nessa época, no final do Século XIX, Canavieiras possuia cacau e diamantes e, por isso dinheiro não faltava.

Não é fácil encontrar um selo carimbado no Século XIX por uma agência do porte da de Canavieiras que, na época era uma cidade que possuia uma população menor que cinco mil habitantes, mas enfim, um selo foi encontrado e foi um achado genial.

terça-feira, 14 de julho de 2020

Canavieiras a Cidade das Duas Filarmônicas

Philarmônica Lyra do Commércio fundada
 em 1º de maio  de1894 em Canavieiras-BA 


Geralmente uma cidade possui apenas uma filarmônica para representá-la, no entanto Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau, possui duas: a Philarmônica  Lyra da Comércio, fundada em 1º de maio de 1894 por Bernardino de Lyro Barbosa e a Filarmônica Grupo Musical 2 de Janeiro, fundada em 2 de janeiro de 1930, portanto, 35 anos após a fundação da Lyra do Commércio. Houve um tempo em que Canavieiras possuia três filarmônicas, sendo a terceira, hoje já extinta, denominada popularmente como Medeia.

É uma honra para Canavieiras possuir duas filarmônicas para representar Canavieiras e também para desfilar pelas ruas da cidade nas ocasiões especiais, já que elas representam o sentimento de todos os canavieirenses, moradores ou não da cidade.

Na alta temporada de verão, quando a cidade está repleta de turistas, a Philarmônica Lyra do Commércio fica a tocar no Cais do Porto para que todos apreciem as suas snotas musicais, tão diferentes, que vale a pena ficar a ouvir seus sobs às margens do Rio Pardo.


Filarmônia 2 de Janeiro fundada em 2
 deJaneiro de 1930 em Canavieiras-BA


segunda-feira, 13 de julho de 2020

A Grande Campanha Patrocinada Pelo Jornal Tabu Contra a Resex de Canavieiras

Contra a Resex - Tabu - Edição da Primeira
Quinzena  de  Agosto de 2006  -  Página 6 -
Canavieiras-BA



Durate um longo período, na primeira década do Século XX, o jornal Tabu de Canavieiras patrocinou uma infeliz campanha contra a implantação da Resex, quando, no mundo, as pessoas mais bem informadas já pensavam de maneira diferente, dando preferência a um desenvolvimento levando em conta a preservação ambiental e a sustentabilidade.

É claro que o jornal fazia esta campanha seguindo um direcionamento determinado por uma pessoa ou grupos que se sentiram prejudicados com a implantação da Reserva Extrativista de Canavieiras e o jornal, ao invés de esclarecer a população sobre os benefícios da reserva, preferiu seguir fazendo a campanha contra a sua implantação.

A parte humilde e menos escolarizada das pessoas e aquelas que, mesmo escolarizadas, se deixavam levar por falta de conhecimentos ou aquelas que, apenas por mera diversão ou não ter o que fazer em uma cidade pequena, seguiram o caminho da boiada e serviram de massa de manobra para os fins nada ecológicos dos mais espertos e que teriam muito a ganhar, participando de passeatas e servindo a uma causa nada nobre.

Durante as manifestações tudo foi programado por poucas pessoas, aquelas que teriam grandes lucros se a Resex não fosse implantada, prova disso foi a farta distribuição de camisetas, todas iguais de um mesmo fabricante e as tabuletas que muitos carregavam com os mesmos dizeres e formatos e toda a organização necessária para que tais eventos acontecessem.

Os jornais, quase sempre e na maioria absoluta das vezes, só se enganjam em campanhas éticas, o que não aconteceu na campanha patrocinada pelo jornal Tabu, então podemos pensar que deveria estar em jogo coisas que nem suspeitávamos estivessem sendo postas na mesa, o que é muito lamentável.

Para a maioria da população da cidade, a implantação ou não da Resex não faria a menor diferença, então porque participaram vestindo camisetas e segurando cartazes conta a sua implantação? Muitos participaram apenas para ganhar a camiseta de graça que serviria vestimenta durante o restante do ano, outras participaram em troca de algum favor e outras por não ter o que fazer. Então todos serviram de massa de manobra para alguns interesses econômicos que nem chegaram a saber quais eram.

Hoje em dia, com a Resex implantada, a cidade é mais feliz com o seu envoltório verde e com as aves voando pela cidade para a admiração de todos. O manguezais continuam preservados dando muito caranguejo que viram apetitosos pratos na Festa do Caranguejo que é realizada anualmente na cidade.

Refletiram como foi bom que a Resex fosse implantada? Tudo o mais agora apenas faz parte da história da cidade e a lição de que não devemos fzer parte de campanhas antiéticas, messmo se for patrocinada pelo único jornal da cidade. 

Contra a Resex - Tabu - Edição da Primeira
 Quinzena deSetembro 2008 - Página 2 -
Canavieiras-BA
















domingo, 12 de julho de 2020

A Família Magnavita nas Lentes de Teophilo Mourranhy, o Fotógrafo de Canavieiras

Teophilo Mourranhy foi um fotógrafo que viveu em Canavieiras em um período histórico no qual a fotografia não estava  disponível para a maior parte da população, pois era difícil e complicado fotografar as cenas mais corriqueiras e, para que isso fosse feito, era necessário um profissional competente e que tivesse tino para observar e retratar os fatos que realmente pudessem servir para contar a história da cidade para as gerações futuras e, nisso, Teophilo Mourranhy, exerceu com perfeição a sua profissão.

Teophilo Mourranhy também retratava as famílias e grupos de pessoas e, entre estas famílias, estava a Magnavita, que foi retratada em diversas ocasiões e, assim, pôde ficar para a posteridade algumas cenas com essa família que passamos a divulgar:    



Membros da Família Magnavita - Ramo de
Canavieiras -  Fotode Teophilo Mourranhy



Crianças da Família Magnavita -
Ramo de  Canavieiras  -  Foto de
 Teophilo Mourranhy



Família Magnavita - Ramo de Canavieiras - Início do 
Século XX- Foto de Teophilo Mourranhy 



Francisco Magnavita (Chichilo) - Presidente do PTB
 organiza  festa para receber JK e Jango em junho de
 1954 - PhilarmônicaLyra do Commércio em frente a
sua  sede  na Praça  da  Bandeira  -  Foto de Teophilo
Mourranhy

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Tipos Típicos de Canavieiras na Primeira Metade do Século XX - Parte IV

Aguadeiro - Vendedor de água em meados do
 Século XX - Canavieiras-BA - Foto de autor
 desconhecido



Engraxate - Canavieiras-BA - Foto de autor
desconhecido



Carroceiro - Canavieiras-BA - Foto de autor
desconhecido



Carroceiros - Cais do Porto - Canavieiras-
BA - Foto de autor desconhecido