Dom Justino José de Sant'Anna, o Padre que Iniciou as Obras da Igreja Matriz de São Boaventura em Canavieiras

 

Dom Justino José de Sant'Anna  circulado  por membros

do Apostolado da Oração de Canavieiras - Foto de Autor

Desconhecido  -  Final  da  Década  de  40  ou  início  da 

Década de 50 do Século XX  -  Foto na escadaria frontal

da Igreja de São Boavenura - Canavieiras-BA

Embora tenha colocado o título de Dom para o Padre Justino José de Sant'Anna no título do artigo, isso se justifica em razão de que, quando ele veio a falecer em Juiz de Fora em 09 de julho de 1958, ele já possuia este título por ser o primeiro bispo de Juiz de Fora em Minas Gerais.

Ele foi pároco da cidade de Canavieiras de 1912 a 1924, iniciando, sob suas ordens, as obras da nova Igreja Matriz de São Boaventura alavancadas através de doações e donativos que foram ofertados pelos poderosos coronéis do cacau e outras figuras eminentes da sociedade local que, ansiosos em ter os seus nomes divulgados como grandes doadores, não poupavam esforços para cooperar.

Ele, quando foi nomeado Bispo da Igreja Católica na nova Diocese de Juiz de Fora, em Minas Gerais, na qual foi o primeiro bispo, deixou Canavieiras, depois de doze anos construindo a Igreja de São Boaventura, que já estava quase concluída, faltando apenas o seu acabamento interior e alguns outros acabamentos, tais como vitrais, altares e o mobiliário interior. As imagens sacras foram as mesmas que já estavam sendo veneradas na antiga Igreja, na Praça da Bandeira, hoje demolida,

Dom Justino José de Sant'Anna   -   Padre 

em  Canavieiras - 1912-1924 - Construtor 

inicial da Matriz na Praça São Boaventura

Segundo a tradição ele foi nomeado bispo em Juiz de Fora pelo papa Pio XI, principalmente por sua iniciativa em construir a nova Igreja Matriz de São Boaventura em Canavieiras, o que demonstrou o seu espírito de iniciativa e liderança, o que contava e ainda conta muitos pontos para a Igreja Católica.

Toda a área do terreno da Igreja de São Boaventura, inclusive de seus anexos, como a Casa Paroquial foram doados pela Prefeitura de Canavieiras, através de resolução aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal, além disso, toda a Praça de São Boaventura e as vias que a circundam são de propriedade da igreja pois elas fizeram parte da doação feita pela prefeitura e aprovada pela Câmara Municipal.

Dom Justino era tão empreendedor que, quando bispo em Juiz de Fora lançou a construção da nova Catedral de Juiz de Fora  com um livro de ouro para as doações; em 1º de março de 1926, lançou a criação do Seminário Diocesano Santo Antônio, em frente à Academia de Comércio; em 1º de março de 1926 criou o jornal “O Lampadário”; em 05 de junho de 1928 fez o lançamento da pedra fundamental do novo prédio para os Seminário Santo Antônio, agora na Avenida Barão do Rio Branco, nº 4516 e em 15 de abril de 1929 fez o lançamento da pedra fundamental da Capela do Seminário. 

Monumento  em homenagem a

Dom Justino José de Sant'Anna

 em Juiz dd Fora-MG

 

Em Canavieiras, além de construir a Igreja Matriz de São Boaventura ele fundou o periódico "A Verdade", no qual procurava, através do periódico, desenvolver o seu apostolado. Ele foi um grande padre, uma grande pessoa e um grande empreendedor.

Ele voltou a Canavieiras por diversas vezes, inclusive  para a inauguração da Igreja Matriz de São Boaventura, que foi construída por sua iniciativa. Ele  teve participação, em 5 de julho de 1932, na missa solene de dedicação, significando a inauguração oficial do templo, com a participação de toda a sociedade de Canavieiras.

Ele nasceu em Aramary, no Estado da Bahia, em 12 de dezembro de 1878 e faleceu, com oitenta anos,  em Juiz de Fora, Minas Gerais, em 9 de julho de 1958. Está sepultado em um jazigo na Catrdral Metropolitana de Juiz de Fora. Há um monumento em Juiz de Fora em sua homenagem.

Dom Justino de José Sant'Anna, quando

bispo de Juiz de Fora-MG 

Texto elaborado com alguns dados fornecidos pelo Sr. Oslan Ribeiro.

A Construção em 1988 da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil em Canavieiras

Fiéis com o pastor em frente à Igreja Presbiteriana 

Renovada do Brasil ainda em construção  na  Rua 

Vereador José Reis, 97  no  Tancredão  no  ano  de 

1988 - Canavieiras-BA

 

A construção da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil em Canavieiras aconteceu nos anos finais da década de 80 do Século XX. Ela foi uma das primeiras igrejas desta denominação que até então contava com poucos fiéis, em razão da igreja estar nos primeiros anos de sua existência.

Esta igreja foi fundada em 1975 com a fusão de duas outras denominações, sendo uma a Igreja Cristã Presbiteriana e a outra a Igreja Presbiteriana Independente Renovada.

Em Canavieiras a Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil está instalada na Rua Vereador José Reis, 97, no bairro Tancredão, em uma construção simples, sem nenhum luxo ou ostentação, para atender aos fiéis deste humilde bairro da periferia da cidade.

Hoje em dia o templo está pronto recebendo os fiéis para os cultos e recebendo também, como visitantes, pastores de outras cidades para palestras e participação em seus cultos. 

Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil nos dias

 atuais (2021) - Canavieiras-BA

Hoje: Dia 05-06-2021 - 115º Aniversário da Igreja Presbiteriana de Canavieiras

 

Igreja Presbiteriana - Canavieiras-BA

- 09-01-2015 - Foto de Regis Silbar

Fundada em 5 de junho de 1906, a Igreja Presbiteriana de Canavieiras, situada na Rua Treze, no Centro Histórico da cidade, foi a quarta igreja da mesma congregação organizada no Estado da Bahia e a primeira em todo o sul baiano.

A sua igreja, uma das construções mais bonitas da cidade, foi construída aos poucos, sendo que a torre, foi a última parte da igreja a ser construída, tendo no seu topo apenas num marco, ao invés de uma cruz como a maioria das igrejas presbiterianas do Brasil preferem colocar.

Na década de cinquenta do século XX houve muitas disputas entre os fiéis da igreja católica e os fiéis da igreja presbiteriana, sempre com muita repercursão na sociedade, mas isso é coisa do passado e agora todos vivem em paz, cada um com a sua crença.

A Igreja Presbiteriana, a partir da construção de sua torre, foi sempre um ponto de referência na cidade. Quando chegamos de barco, vindos de Belmonte ou de outras regiões ao sul, a primeira construção que vemos, ainda bem distante, é a torre da igreja, avisando que já estamos perto de chegar à cidade.  

Como é Lindo o Cais do Porto de Canavieiras

 

Detalhe  do  casario  do  Cais  do  Porto,   uma  das 

preciosidades de Canavieiras - Foto de Regis Silbar 

O Cais do Porto de Canavieiras, com os seus casarões centenários, muito bem cuidados entre a Rua do Brejo e a Praça da Cesta, fazem parte do cenário turístico da cidade, dando ao turista, a oportunidade de admirar um dos mais belos cenários de um movimentado cais do porto do tempo em que o cacau imperava como uma das grandes riquezas da Bahia.

É muito gratificante se ver um conjunto original tão bem conservado e tão belo, digno de muitos cliques fotográficos que irão servir de lembraças para toda uma existência de pessoas que tiveram a oportunidade de conhecer Canavieiras, a Princesinha da Costa do Cacau.

Muitas pessoas pensam que essas maravilhas não existem mais, que já foram demolidas ou que, com o passar dos tempos, viraram ruínas, mas em Canavieiras, tudo ainda continua como antes, com todas as suas lojas de tecidos, secos e molhados e de compra e venda de cacau transformadas em bares e restaurantes para a alegria das pessoas que vêm conhecer a cidade.

Todo o Cais do Porto, inclusive os seus monumentos, como a cesta da Praça da Cesta são tombados pela lei municipal nº 576 de 20 de dezembro de 1999 e, por isso, devem ser preservados para sempre e todos os cidadões de Canavieiras devem ficar vigilantes para impedir que um eventual prefeito venha a demolir ou dê autorização a terceiros para que venham a demolir estas preciosidades.

Contudo, é uma pena que os prédios entre a Rua do Brejo e a Rua da Jaqueira estejam com as suas fachadas com uma aparência tão abandonada. Esses prédios são também muito belos e fazem parte do conjunto do Cais do Porto e, por isso, deveriam ter mais atenção por parte da prefeitura pois, mesmo em ruínas deveriam ter as suas fachadas pintadas pela prefeitura para que o conjunto arquitetônico do Cais do Porto pudesse ser visto e admirado em toda a sua plenitude.

O Mais Antigo Matadouro Municipal de Canavieiras

O mais antigo Matadouro Muicipal de Canavieiras

na  Ilha Antonio Pedro  com a  Ponte  do Coco em

em primeiro plano - Foto de autor desconhecido  - 

Restaurado por Regis Silbar

Canavieiras, no início do Século XX já teve um Matadouro Municipal que desempenhava as funções de abatedouro com condições de higiene compatíveis com a época, mas ele era muito mais do que útil, pois evitava que os aminais fossem abatidos em lugares insalubres e transmitissem doenças à população através de carnes contaminadas.

O abatadouro, por sinal, estava localizado em um prédio bem bonito, construído de acordo com o estilo neoclássico, com amplas janelas e uma grande porta frontal, com dimensões apropriadas a entrada de animais para abate.

Esse abatedouro estava localizado na Ilha Antonio Pedro e era ligada à Ilha de Canavieiras através da Ponte do Coco, uma pequena ponte de madeira que servia de ligação entre as duas ilhas.

Com o passar dos anos esse abatedouro foi desativado e suas funções foi passada para um novo abatedouro que tinha sido inaugurado na Rua do Mangue, na Ilha de Canavieiras, às margens do Rio Patipe.

Depois de algum tempo esse novo abatedouro também foi desativado e os animais voltaram a ser abatidos em lugares insalubres e vendidos nos açougues da cidade sem nenhuma certificação de origem.

Tem muitas pessoas na cidade de Canavieiras que evitam  consumir as carnes vendidas nos açougues da cidade, preferindo consumir os peixes vendidos nas peixarias ou dos pescadores quando voltam de suas atividades, tudo para evitar doenças parasitárias que recorretemente infestam quem as consomem.

 

Selo de Cem Réis do Ano de 1900 com o Carimbo dos Correios de Canavieiras

Selo de 100 Réis da Série Madrugada Republicana,

 emitido  em  1900,   com  carimbo  de   Canavieiras 

datado de 17-FEV-1908

Selo de 100 Réis da Série Madrugada Republicana, emitido em 1900, com carimbo dos Correios de Canavieiras datado de 17-FEV-1908. Se olharmos com atenção poderemos ver que a impressão do selo está deslocada, isto é, não está centralizada no meio de cada quadro, assim, uma das bordas do primeiro selo está sem a margem branca, enquanto a margem oposta do segundo selo está com excesso de margem branca.

É muito raro encontrar um selo em bom estado com mais de cem anos com o carimbo dos Correios de Canavieiras, ainda mais apresentando um pequeno defeito de deslocamento de impressão, em razão da cidade, no início do Século XX, contar com uma pequena população e, consequentemente, pouco movimento em sua antiga agência dos correios.

 

Avenida Rio Branco Esquina com Rua Treze - O Principal Cruzamento de Canavieiras em 1959

Avenida Rio Branco esquina com  a  Rua Treze

 em 1959 - Em primeiro plano a Padaria Brasília 

 - Canavieiras-BA - Colorizado por Regis Silbar

 

A esquina da Avenida Rio Branco com a Rua Treze é o principal cruzamento de Canavieiras. Foi lá que foi instalado o primeiro sinal de trânsito da cidade, mas que nunca funcionou realmente. Esse cruzamento é muito perigoso e sempre acontece muitos acidentes, quer por imprudência ou por falta de atenção.

É nesse lugar que está em funcionamento desde meados do Século XX , a mais famosa padaria da cidade, que tem um pão muito delicioso e serve uns sanduiches muito legais para quem está precisando se alimentar.

Também, do outro lado da rua, funciona atualmente um restaurante que vende um acarajé de botar água na boca e que não é muito caro e cabe no bolso de qualquer pessoa que goste de acarajé.

Quando você for a Canavieiras, não deixe de experimentar as iguarias que são vendidas na esquina mais movimentada da cidade e, quando for comer o acarajé, não deixe de colocar bastante pimenta, pois com ela, o acarajé fica muito mais delicioso.

Vale Postal dos Correios Emitido em Canavieiras em 31-08-1920

 

Vale Postal dos Correios de Canavieiras

emitido em 31-08-1920 - Frente

Vale Postal dos Correios de Canavieiras

emitido em 31-08-1920 - Verso

Até meados da década de sessenta do Século XX, era costume enviar dinheiro para outras pessoas utilizando os serviços dos correios através de Vales Postais, não só pela ausência de agência bancárias, como também pelos costumes amplamente difundidos entre a população, principalmente entre os moradores das cidades do interior do Brasil, onde a agência dos correios era, de certa forma, a única opção disponível para a remessa de dinheiro para outros municípios.

O pagamento da remessa era feito da seguinte maneira: comprava-se selos de depósito, equivalentes ao valor da remessa e, além disto, também comprava-se selos para pagar o serviço prestado pelos correios.

No Vale Postal acima, os dois selos de depósito somam o valor de sessenta mil réis, correspondente ao valor a ser pago ao destinatário da remessa, mais um selo de hum mil réis, referente ao valor do serviço prestado pelos correios, totalizando, tudo junto, o valor de sessenta e hum mil réis, tudo pago pelo remetente do Vale Postal.

O que é interessante nessa remessa feita através de Vale Postal, é a antiguidade da postagem, com data de 31-08-1920, portanto, há mais de cem anos, período em que Canavieiras ainda era uma das cidades mais ricas do Estado da Bahia.

Paçoca de Banana-da-Terra uma Delícia das Mesas de Canavieiras

Paçoca de banana-da-terra uma das delícias de

Canavieiras

A paçoca de banana-da-terra sempre foi um dos pratos mais tradicionais das mesas de café da manhã dos lares de Canavieiras. Ela é gostosa, cheirosa e quando bem quentinha, não tem coisa melhor para se comer no desejum, antes de sair para o trabalho ou até mesmo para ficar em casa a descansar.

Ela é muito fácil de se preparar, qualquer pessoa poderá fazê-la sem a menor dificuldade, basta apenas ter ao seu alcance algumas bananas-da-terra, água para cozinhar a banana, sal, um coco e um ralador para que o coco seja ralado.

Então vamos à receita:

- bananas-da-terra cozidas com sal e

- coco ralado

Depois amassar a banana-da-terra cozida com um garfo, misture aos poucos o coco ralado até ficar bem homogênio, mas cuidado para não amassar a banana demais. Ela deve ficar amassada de uma maneira que não vire papa ou não vire um mingau. É bom que isto seja feito ainda com a banana bem quente e servir logo a seguir com um pouco de coco em sua superfície para enfeitar e dar boa aparência. É uma delícia. 

Mané-Velho - Uma das Frutas Mais Saborosas de Canavieiras

Cacho de mané-velho - foto do site picuki.com

Na década de cinquenta e sessenta do Século XX, quando a Festa da Capelinha, em Canavieiras, estava no seu auge, eram expostas nas barraquinhas, armadas ao redor da praça, em frente à igreja, uma deliciosa fruta, que eram vendidas em cachos, que se chamava mané-velho, mas poderia ser chamada também de tucum, o seu outro nome.

Essa fruta era colhida de uma palmeira chamada tucunzeiro, de nome científico Bactris setosa, tópica da Floresta Atlântica, que em grandes touceiras, pode chegar, quando adulta, até a altura entre 10 a 12 metros.

O mané-velho é muito rico em vitaminas, sendo que os frutinhos contém sete vezes mais vitamina A do que a cenoura, além disso, contém vitaminas B1 e C, sendo, portando, uma rica fonte de vitaminas.

Na Festa da Capelinha era fácil observar a quantidade de cascas roxas de mané-velho jogadas pelo chão, indicando que a venda do produto estava bem animada, pois sendo a fruta muito gostosa, era a preferida de muitas pessoas.

Assim o povo se deliciava com os cachinhos de mané-velho enquanto a festa continuava e, quem vendia, auferia uma renda extra para viver a sua vida.

A Evolução da Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura em Canavieiras Através dos Tempos

A primeira Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura em Canavieiras, na praça do mesmo nome já existia antes mesmo da igreja ser inaugurada em 1932, mas a primeira foto que temos conhecimento data de 1933. Era era muito simples, mas com o passar dos anos ela foi sendo ampliada e ficando casa vez maior e mais confortável. Hoje em dia ela não se parece nada com a casa original mas, se for prestado bastamnte atenção, podemos verificar que o núcleio original da casa ainda faz parte de sua estrutura, mesmo que com só uma janela, ao invés das duas originais.

Se não fossem as fotos que nos ajudam a perceber as pequenas mudanças que foram surgindo, seria muito pouco provável que imaginássemos que a Casa Paroquial atual ainda mantivesse o seu núcleo original que remota, talvez, do início da década de vinte do Século XX, quando a igreja estava ainda em construção. portanto estaria completando um século nesta década do Século XXI.

Hoje em dia, a casa apresenta um muro bem mais alto do que o anterior, que era baixo e deixava bem visível toda a estrutura da Casa Paroquial, mas no seu início, não existia nenhum muro que separasse a casa da Praça de São Boaventura e a visão da referida casa era completa e panorâmica para os que se aventurassem pelos vastos areais que envolvia a igreja do padroeiro da cidade. 

Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura

 em 1933 - Canavieiras-BA

 

Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura 

- Sem Data - Anos finais da primeira metade

 do Século XX - Canavieiras-BA

Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura 

com  um  pequeno  e  baixo muro frontal em 

1955 - Canavieiras-BA

  

Casa Paroquial da Igreja de São Boaventura 

em 1979 - Canavieiras-BA

Casa Paroquial  da  Igreja  de São Boaventura

nos anos finais da década de 1980, já com um

 um muro bem mais alto - Canavieiras-BA

Conservando a Memória de Canavieiras - Ponte São Boaventura (Ponte de Palitos) Sobre o Rio Cipó

Ponte São Boaventura  (Ponte de Palitos) - Sobre

 o Rio Cipó  -  Sem Data - Canavieiras-BA  -  Foto

 Original de Autor Desconhecido

 

 - 

Ponte São Boaventura (Ponte de Palitos) - Sobre

 o Rio Cipó  -  Sem Data - Canavieiras-BA -  Foto

 de Autor  Desconhecido -  Restaurado por  Regis

 Silbar 

Ponte de São Boaventura (Ponte de Palitos) - Sobre 

o  Rio Cipó  -  Sem Data - Canavieiras-BA  -  Foto

de Autor Desconhecido  -  Restaurado e Colorizado

 por Regis Silbar

Osmário Cavalcanti Batista fez Propaganda Política Pessoal no Jornal "A Manhã" Pagando com o Dinheiro da Prefeitura de Canavieiras

Jornal "A Manhã" do Rio de Janeiro de 

13-05-1951 -  Ano X - nº 3000 - Página

2 - Caderno A Manhã Ilustrada - Posse 

de Osmário Cavalcanti Batista no cargo

 de Prefeito de Canavieiras-BA

Dias após à posse no cargo de prefeito da cidade de Canavieiras, no ano de 1951, o então prefeito Osmário Cavalcanti Batista, meteu a mão nos cofres da cidade para propagandear a sua posse no cargo de prefeito da cidade, gastando uma fortuna com esse desvaneio. Essa gastança do dinheiro público visava apenas ser conhecido no Brasil e, principalmente na Bahia, onde almejava ser eleito deputado após deixar o cargo de prefeito.

É claro que um importante jornal da capital federal não teria nenhum interesse em gastar uma página inteira do seu jornal para noticiar a posse de um mero político de uma pequena cidade do interior, só se fosse regiamente recompensado financeiramente.

O beneficiado dessa  propaganda política pessoal foi o jornal "A Manhã", do grupo do jornal "A Noite" do Rio de Janeiro,  que tinha sede no Edifício A Noite, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, no mesmo prédio de 21 andares onde funcionava a Rádio Nacional, a principal rádio do Brasil na época de ouro do rádio.

O povo, sim, o povo, como sempre, era o capacho dos políticos, participando de comícios e carregando faixas e cartazes em apoio ao político que melhor os enganava e desta vez o mais enganador ganhou a eleição e, logo depois, providenciou uma das maiores gastanças com propaganda política pessoal às custas dos cofres da cidade.

Se fosse hoje em dia, essa festança com o dinheiro público seria muito mais difícil, já que há uma lei que impede tais procedimentos, mas mesmo assim, tem políticos que ousam e fazem propaganda pessoal com o dinheiro público assim mesmo.  

Santo Antônio de Arquim - O Primeiro Padroeiro de Canavieiras

Capa do Livro Bahia - Inquisição & 

Sociedade - Edição de 2010

 

Antes da imagem de São Boaventura ser encontrada na areia da praia pelos pescadores, o padroeiro da vila do Poxim era Santo Antonio de Arquim, santo que foi também o primeiro padroeiro da cidade de Salvador. É claro que toda a vila ou povoado, por menos habitantes que tivesse, por mais humilde que fosse, também tinha o seu padroeiro e o povoado do Poxim também tinha o seu.

Nunca ouvir falar deste santo, mas como a Igreja Católica tem milhares de santos, não é de se admirar que este santo realmente exista e que estivesse em moda em algum período do século XVI, já que este santo foi o primeiro padroeiro de Salvador.

Fiquei sabendo desta curiosidade através do livro Bahia - Inquisição & Sociedade, de Luiz Mott, edição de 2010 em sua página de número 217. onde informa que o Poxim era a aldeia da região que eles tinham menos informações, talvez porque nesta época era pequena demais e habitada principalmente por índios e com poucos portugueses.

Ilhadecanavieiras - Um dos Blogs mais Visitados do Brasil

Estatística do "SiteRankData" sobre

ilhadecanavieiras.blogspot.com.br

 

O blog "ilhadecanavieiras.blogspot.com.br" é um blog despretencioso que não foi feito para ganhar dinheiro, no entanto o seu sucesso é inigualável dado que o seu assunto, o seu pequeno nicho e o tema a que se propõe divulgar: a cidade de Canavieiras, a princesinha da Costa do Cacau, a mais preservada cidade dos tempos dos coronéis do cacau, pelos meus cálculos, interessaria a poucas pessoas.

Quando comecei a elaborar este blog há mais de dez anos, não imaginava que ele iria ter mais de um milhão de leitores anuais, conforme estatística divulgada pela "SiteRankData" em 25 de maio de 2018, contudo, prossegui mesmo assim, como uma missão de divulgar a história, as belezas, os lugares turísticos e os modos e costunes da cidade de Canavieiras.

Em 25 de maio de 2018 a média diária de acessos ao "ilhadecanavieiras.blogspot.com.br" era de 3.229 e a média mensal era de 100.113 acessos, números que jamais pensei que fosse alcançar, Hoje em 2021, o número de acessos deve ser substancialmente maior, portanto, o site é um dos mais visitados entre os bilhões de sites existentes no mundo.

No referido site de estatística, "ilhadecanavieiras.blogspot.com.br" tem a classificação de número 939.034 no ranking mundial, o que é mais do que excelente, pois, desde o início, sempre pensei que este blog interessaria apenas a poucas pessoas, o que não aconteceu, sabe-se lá por quais motivos.

Tenho visto que este blog tem servido de base para trabalhos universitários e também para trabalhos de estudantes de segundo grau, pesquisas científicas, consulta por políticos para se inteirarem sobre a cidade, agências de turismo e por outros blogueiros quando querem assuntos para escrever.

Em sites especializados, são enumerados diversos outros sites que publicaram integralmente, sem nenhuma modificação ou mudando apenas algumas palavras, várias publicações editadas no "ilhadecanavieiras.blogspot.com", sem mencionar este site como fonte de suas publicações.

Tenho recebido muitas consultas, quase todas através de email, sobre os mais variados assuntos, tendo como tema, sempre a cidade de Canavieiras, a maioria das consultas são feitas por acadêmidos e pesquisadores para complementar ou elaborar os seus trabalhos.

Realmente, não fazia ideia de que este blog seria tão útil para os leitores, servindo de fonte para todo o tipo de pesquisas, não só sobre a cidade, mas também sobre o modo de vida dos coronéis do cacau que reinavam absolutos na cidade Canavieiras.

 

 

Os Protestos Contra a Implantação da Resex em Canavieiras

Manifestação contra a implantação da Resex

 em 2008 - Canavieiras-BA

Em 2008 Canavieiras viveu tempos de manifestações e essas manifestações eram contra a implantação de uma reserva extrativista no litoral da cidade que, por ser um dos maiores manguezais do pais, deveria ser preservado para que a natureza seguisse o seu caminho. Mas, como haviam interesses econômicos em jogo, foi providenciado, entre os interessados, a organização de manifestações para que seus interesses não fossem afetados com a implantação da reserva.

Em primeiro lugar deveriam ter o apoio de uma empresa de comunicação que influenciasse o povo e a escolhida foi "O Tabu", que imediatamente aceitou e passou a divulgar notícias tendenciosas contra a implantação da reserva extrativista e também divulgar a organização de passeatas e convocando o povo para tais atos de protesto.

É claro que para o povo as tais passetas de protesto foi uma festa, pois em cidades pequenas quase nada acontesse e, quando acontesse, todos participam seja o que for, mesmo que fosse uma passeata por uma causa contra os seus princípios.

Se a passeata fosse a favor da implantação da Resex, todos participariam da mesma maneira, pois o que interessava ao povo era participar de alguma coisa, mesmo que fosse contra, pois não saberia quando seria a próxima atividade de que iria participar e quando a mesma aconteceria.

Para os organizadores da passeata o povo serviria apenas de massa de manobra para os seus interesses financeiros e patrimoniais, já que ele não teria ganho algum com a sua participação, ao contráriom dos organizadores.

Ao povo caberia apenas segurar os cartazes, todos feitos e impressos no mesmo lugar, e servir de massa de manobra para que os interesses não fossem abalados com a implantação da Resex.

Se fosse perguntado aos participantes das manifestações o porquê de sua presença nos atos, eles não saberiam responder ou, se respondessem seriam apenas com as palavras transmitidas pelos organizadores dos eventos. Em outras palavras, não teriam opinião própria porque nem mesmo saberiam o porquê de estarem ali, pois para eles estavam apenas participando de uma espécie de festa patrocinada pelo jornal "O Tabu"..

Nunca ninguém, nem mesmo o jornal "O Tabu", explicou para eles que conservando os manguezais, teriam muito mais peixes para pescar, porque são nos manguezais que os peixes nascem, porque os manguezais são os berçários dos peixes e são nos manguezais onde vivem os caranguejos, siris, guaiamuns e aratus que servem de alimentação e ganha-pão para a população mais pobre da cidade.

O povo não tinha conhecimento de que sem a Resex o mangue poderia ser aterrado por inescrupulosos, como foi uma parte do mangue que beirava a Rua do Mangue margeada pelo Rio Cipó e sem o mangue não teria caranguejo e sem o caranguejo não teria a Festa do Caranguejo, ogulho de muitos canavieirenses.

É claro que num movimento deste apareceriam os aproveitadores à caça de votos, fazendo discuros para colocar adrenalina na mente da multidão, mesmo sabendo que a Resex, se implantada, como foi, seria ótimo para a cidade e seus habitantes.

Hoje em dia a cidade vive feliz com a sua Resex, ninguém viu malefício nenhum com a sua implantação, os turistas continuam visitando a cidade, comendo caranguejo em seus restaurantes. Os peixes continuam a nascer nos mangues de seu litoral e a vida continua como sempre, com a natureza moldurando os contornos da cidade para a felicidade de todos.

 

Governador  Jacques  Wagner  em  vergonhoso

comício contra a Resex em 2008 - Canavieiras-BA

Um Casarão em Ruínas na Praça da Bandeira em Canavieiras-BA

Belo  Casarão da Praça  da  Bandeira  no   Centro 

Histórico em início da década de  40 do Século XX

- Canavieiras-BA

Quando a Praça da Bandeira ainda não era pavimentada e o capim e a areia cobriam toda a sua extensão, ela já era pontilhada de belos casarões dos ricos coronéis do cacau e entre esses casarões estava a casa da foto acima, com uma porta e três janelas e no frontespício, em sua parte mais alta, estavam quatro estátuas que embelezavam a residência.

O casarão é em estilo art noveau, com duas imitações de colunas em cada extemidade da fachada e janelas e porta em forma de arco com arranjos florais em sua parte superior, além de suas quatro estátuas no alto da fachada. Pode não ser de bom gosto, mas não deixa de ser interessante e marcou uma época na história da cidade.   

Hoje em dia este belo casarão está em ruínas e em estado lamentável, sem telhado e sem as paredes internas, apenas a fachada do casarão ainda resiste, mas não sabemos até quando vai resistir. É uma pena ver uma das relíquias da cidade ser destruída pelo tempo por falta de manutenção.

O casarão da Praça da Bandeira completamente em

ruínas - Canavieiras-BA

   

A Inauguração do Hospital Regional Regis Pacheco em Canavieiras

Desfile do Governador Regis Pacheco e Prefeito 

Osmário Cavalcanti Batista  do  Aeroporto  até  o 

Hospital   Regional   Regis   Pacheco   para   sua 

inauguração  em  06-02-1952  -    Foto  de  Autor 

Desconhecido - Canavieiras-BA  

 

Foi no dia 6 de fevereiro de fevereiro de 1952 que Canavieiras teve, finalmente, o seu Hospital inaugurado pelo governador Regis Pacheco que veio diretamente de Salvador para inaugurá-lo com o seu próprio nome.

É claro, que o prefeito, devidamente paramentado com o seu terno branco, estava presente no aeroporto para recebê-lo e desfilar com ele até ao hospital que seria inaugurado, acompanhado, obviamente, por uma filarmônica que ia tocando em homenagem ao ilustre governador. Atrás dos dois seguiam os vereadores da cidade e alguns deputados estaduais que faziam questão de mostrar presença, já pensando na próxima eleição.

Ao lado do governador, tanto no esquerdo como no direito, iam os militares que faziam a vez de ajudantes de ordens e lhe davam segurança para que ele pudesse desfilar, caminhando com tranquilidade.

O povo se amontoava ao redor desta pequena comitiva, não porque os admirava, mas porque na cidade, além de não ter opções de lazer, também nada acontecia e esse era um acontecimento que daria o que falar por muito tempo.

Tinham muitos guardas-sóis abertos para fazer sombras e amenizar o calor do sol a pino do verão canavieirense. A cena era dantesca e digna de um conto de Shakespeare, mas ficaria muito bem representado por aquela marchinha de carnaval: Lá vem o cordão dos puxa-saco, dando viva aos seus maiorais...

A inauguração do hospital era muito desejada pela população, pois o único que existia na cidade, a Santa Casa de Misericórdia, era particular, embora atendesse pesoas carentes, mas não tinha vagas suficientes para todos que desejavam atendimento médico/hospitalar.

O hospital, embora estivesse fisicamente em Canavieiras, ele foi construído para atender a uma boa parte da região sul do Estado da Bahia e tinha, em suas instalações, a quantidade de 28 leitos para internação, número além das necessidades da cidade.

Hoje em dia, com 69 anos de idade, ele ainda continua a cumprir o seu papel, atendendo a população de Canavieiras e de algumas cidades próximas e tomara que fique assim por muitos e muitos anos.

Pessoas saindo do Hospital Regis Pacheco logo 

após a sua  inauguração em    06-02-1952  sob o 

olhar  de  um  menino  com  um  berimbau  e  um 

cachorro de rua - Foto de Autor Desconhecido

Fotos Colorizadas de Jacarandá - Antigo Distrito de Canavieiras - Parte II

Comércio  da  Vila  de  Jacarandá    -   Anos  30  - 

Canavieiras-BA - Autor Desconhecido - Colorizado

 por Regis Silbar

 

Esporte Clube Bahia - 03-05-1903 - Vila de Jacarandá 

- Canavieiras-BA  - Autor Desconhecido - Levemente 

Colorizado por Regis Silbar

Igreja Nossa Senhora do Rosário - Sem 

Data  -  Autor Desconhecido   -   Vila de

Jacarandá - Canavieiras-BA - Colorizado

por Regis Silbar

Turma da Vila de Jacarandá visitando a Lagoa Dourada

 - Julho de 1938  -  Canavieiras-BA  - Foto de Teophilo

Mourranhy - Colorizado por Regis Silbar

Rua  da  Vila  de  Jacarandá  por  volta  de  1915  - 

Canavieiras-BA - Autor Desconhecido - Colorizado

 por Regis Silbar

Turma  da  Boemia às  margens do  Rio Pardo  em

Jacarandá   -  Canavieiras-BA  -  Colorizado  por 

Regis Silbar 

Porto de Jacarandá  -  Primeira metade do início do 

Século XX - Canavieiras-BA - Autor Desconhecido

 - Colorizado por Regis Silbar 

Fotos Colorizadas de Jacarandá - Antigo Distrito de Canavieiras - Parte I

Foto  da  Vila  de  Jacarandá - Canavieiras-BA

Data  Provável: Década de 20 ou 30 do  Século

 XX - Foto de Teophilo Mourranhy - Restaurada

 e Colorizada por Regis Silbar 

 

Pessoas Reunidas  em  frente ao  "O Pharol"  na

 Vila de Jacarandá - Canavieiras-BA - 08-10-1931 

- Foto  de  Autor  Desconhecido  -  Restaurada e 

Colorizada por Regis Silbar

Vila de Jacarandá - Canavieiras-BA - Sem Data - 

Autor Desconhecido  -  Restaurada e Colorizada

por Regis Silbar

Vila de Jacarandá - Canavieiras-BA - 1919 - Autor

Desconhecido - Restaurada e Colorizada por Regis

Silbar

Vila de Jacarandá - Sem Data - Canavieiras-BA - 

Autor Desconhecido  -  Restaurada e Colorizada 

por Regis Silbar

Campo do Baiano - Jacarandá - Canavieiras-BA -

Sem Data  -  Autor Desconhcido  -  Restaurada e 

Colorizada por Regis Silbar

Vila de Jacarandá - Canavieiras-BA - 1940  -  Foto

de Teophilo Mourranhy - Restaurada e Colorizada

 por Regis Silbar